O lítio no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica

frasco cheio de comprimidos de lítio para ser usado no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica

Hoje resolvi falar sobre um tema muito importante e que precisa ser debatido: a Esclerose Lateral Amiotrófica. As pessoas com familiares com ELA realmente se sentem desamparadas, pela dificuldade de tratamento. Eu compreendo essa frustração.

A principal droga prescrita para ELA é a riluzone.  Infelizmente, é ineficaz e apresenta efeitos adversos, é claro. Mas há evidência de que os pacientes respondem bem ao tratamento com um mineral: o lítio.

O lítio é um elemento mineral da mesma família que o sódio e o potássio.  Não é uma droga, e definitivamente não pode ser patenteado, que é muito provavelmente a razão pela qual você não tem ouvido falar do seu enorme potencial para proteger e melhorar a saúde cerebral, a despeito das pesquisas positivas abundantes.

Para a prevenção de Alzheimer, demência senil, Parkinson e qualquer outra doença neurodegenerativa, recomenda-se de 10 a 20 miligramas de lítio (aspartato ou orotato) diários. Porém, tratar uma doença tão esmagadora quanto ELA é outra história.

O estudo do tratamento de ELA com lítio

Poucos anos atrás um estudo italiano revelou resultados impressionantes com o uso de altas doses de lítio. Os pesquisadores observaram dois grupos de 16 pacientes com ELA que tomaram o lítio junto com o tratamento de rotina com riluzole, e 32 que tomaram apenas o riluzole.

Os pacientes no grupo exclusivo de riluzole tiveram uma média de piora sintomática de 50% apenas nos primeiros três meses, e 30% deles morreram no período de estudo, de 15 meses.

Em contraste nítido, nenhum dos pacientes que tomaram lítio morreu nestes 15 meses.  Aliás, nenhum deles sequer ficou significantemente pior.

Mas, atenção! Não tente isto para um ente querido seu!  As dosagens de lítio que os pesquisadores administraram para os pacientes com ELA no estudo foram consideravelmente maiores que as doses antienvelhecimento cerebral que costumam ser recomendadas.

Essas dosagens convencionais podem ser toleradas pela maioria dos adultos com segurança, porém, a alta dosagem para combater a ELA definitivamente requer o monitoramento cuidadoso e de perto por um médico experiente e conhecedor das terapias nutricionais e naturais. Nada de tentar por conta própria! Super saúde!

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Referências bibliográficas:

  • Nutrition Reviews, March, 1998;56(3):81-89
  • Journal of Molecular Neuroscience, 1996;7:159-167.
  • American Journal of Epidemiology, 1998;148(4):362-368
  • ALS and Other Motor Neuron Disorders, 2000;Suppl. 4:5-15
  • Eur J Biochem, 2000;267:4904-4911.
  • Neurochemical Research, 1998;23(6):887-892
  • Lancet, May 24, 2003;361:1796

 

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