Você tem o costume de consumir o leite de cabra? Pelo menos já provou? Muita gente me pergunta se ele realmente é bom, mas as questões principais são sobre as suas diferenças com relação ao leite de vaca. Vamos esclarecer alguns desses pontos agora!
Para se ter uma ideia, o Brasil é o país das Américas que mais produz leite de cabra. São 135 milhões de litros de leite por ano, produzidos por 10,5 milhões de animais. Realmente, são números incríveis!
Leite de cabra e crianças
Para as crianças o leite de cabra é uma boa opção: ele é rico em gorduras e nutrientes essenciais para o bom desenvolvimento e crescimento dos pequenos. Outro fator importante é sua facilidade de ser digerido.
O leite de cabra possui uma estrutura similar ao leite materno, e seus glóbulos de gordura são menores que os do leite de vaca, sendo assim mais facilmente digerível. Mas é sempre importante relembrar: para os bebês, a melhor opção sempre é o aleitamento materno.
Alergias e intolerância
Certamente você já ouviu falar que pessoas que tem alergia à proteína do leite se dão melhor com o leite de cabra. E isso é verdade! Os aminoácidos de suas cadeias de proteínas são mais curtos que os do leite de vaca, o que facilita sua digestão por esses indivíduos.
Outro dado que é importante lembrar quando o assunto é alergia: há pesquisas que indicam que o melhor é dar uma chance ao leite de vaca cru, que não passou por pasteurização, sendo capaz de proteger contra o problema. Clique aqui para ler um post especial sobre o assunto.
Com relação aos indivíduos que tem intolerância a lactose, o leite de cabra é também é uma opção interessante, simplesmente por ter menos lactose que o leite de vaca.
Outras diferenças importantes
Em relação ao leite de vaca, o leite de cabra tem:
- menos calorias
- menos proteína
- e menos da metade do sódio
Bom, acho que agora você já tem uma ideia melhor das diferenças. Aconselho ainda que o leite de cabra seja consumido sempre fresco, pois ao ficar guardado por muito tempo na geladeira, pode adquirir um gosto forte. Aproveite!
Referências bibliográficas:
- FAO (2008) – FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION- FAO (2008) -FAOSTAT – FAT- Statistics division/ Prod
- The Journal of Allergy and Clinical Immunology January 2015, Volume 135, Issue 1, Pages 56-62.e2
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