A força que o vírus causador da gripe exerce não está somente no poder de acabar te derrubando, literalmente. Este vírus tem também uma capacidade monstruosa de sobrevivência. Para se ter uma ideia, ele consegue sobreviver por 18 horas em superfícies como o menu dos restaurantes. Incrível, não?
E não é só isso. É surpreendente o número de bactérias perigosas que ocupam superfícies comuns que você toca todos os dias. Inclusive agora. Um estudo observou que cada tecla do teclado do computador abriga cerca de 1.200 germes, incluindo o E. Coli e o vírus da gripe e do resfriado. Nessa proporção, o botão Enter é o que tende a abrigar um número ainda maior!
Surpreso com essa informação? Então, veja algumas das superfícies e objetos que abrigam milhares de germes e você nem imagina. Vamos lá?
– Bebedouros de água;
– Botão de elevador;
– Campainhas;
– Carrinho de compras;
– Cestas de compras em farmácias;
– Colchas e travesseiros de hotel;
– Condimentos de restaurantes;
– Controle remoto;
– Corrimão;
– Dispensador de condimento;
– Equipamento de ginástica de academia;
– Equipamento de playground;
– Escova de dente;
– Fatias de limão usadas em drinks de restaurantes;
– Hospital (o pior deles);
– Interruptores de luz;
– Loja de brinquedos
– Pegadores/puxadores de cortinas
– Provadores de roupas;
– Torneira, pia e drenos.
E uma coisa é certa: infelizmente, nós não temos condições de sermos mais espertos do que os micróbios! Eles estão literalmente por todas as partes e nós somos seus vetores reprodutivos. Os micróbios podem se esconder ao nosso redor e passar de pessoa para pessoa sem que ninguém perceba.
Mas, calma! Não se estresse com isso. A não ser que o seu sistema imunológico não esteja em boa forma. Aí sim vale ficar alerta.
Há milhões e milhões de anos os seres humanos compartilham o seu universo com o mundo microbiano, e, portanto, se você possui defesas fortes em seu organismo, o seu corpo se encarrega de combater com sucesso esses invasores.
Mesmo que a maioria dos micróbios sejam conhecidamente patogênicos, muitos podem ser benéficos para a nossa saúde. A exposição a esses micróbios nos torna mais fortes, funcionando como se nosso sistema imunológico estivesse sendo treinado para reagir, corretamente, contra esses invasores especialmente quando essa invasão acontece na infância.
É curioso notar que nos ambientes mais esterilizados há uma alta taxa de depressão, aumento de inflamação, doença cardíaca, asma, alergias e eczema. Isso demonstra que a cultura germofóbica que desenvolvemos, principalmente com o uso excessivo de produtos de higienização de mãos é contra producente para a boa saúde.
A criação das superbactérias
Atualmente, cerca de 70% dos antibióticos consumidos na América são utilizados nos confinamentos de gado, e com isso, novas cepas de MRSA (staphylococcus áureos methicilin resistent) estão se desenvolvendo. Isso porque os animais são frequentemente alimentados com antibióticos em baixa dosagem para prevenir doença e promover saúde.
MRSA é uma cepa de bactéria muito perigosa, pois tem desenvolvido resistência aos antibióticos de amplo espectro usado para tratá-la.
Antes, essas superbactérias só eram encontradas em ambiente hospitalar e hoje, um dado alarmante dá conta de que essas podem ser encontradas em locais públicos tais como escolas, academias etc.
Essas superbactérias têm sido também facilmente encontradas em animais criados em confinamento, resultado do uso direto e excessivo de antibióticos.
E vale ficar aqui um alerta. Os experts acreditam que essas novas cepas de MRSA podem começar a infectar humanos em todo o planeta. Por isso, tome sempre muito cuidado!
Consciente disso, o FDA planeja uma nova regulamentação para o uso de antibióticos nos confinamentos necessitando maior controle sob os veterinários que os prescrevem.
Outros países já estão agindo nesse sentido e a Dinamarca, por exemplo, já proibiu o uso de antibióticos na indústria suína há pelo menos 12 anos. Com isso já conseguiram uma redução drástica da resistência a antibiótico nos animais e alimentos.
Por conta disso que faço questão de enfatizar, mais uma vez, sobre a importância em dar preferência ao consumo de animais criados em pasto, soltos e sem o uso dos antibióticos. Com isso certamente você não corre o risco de encontrar com essas bactérias em seu prato no jantar.
Defesa número 1 contra os germes
Se você quer um conselho, o melhor que eu poderia te dar é: lave (sempre) bem as mãos com sabonete à moda antiga e evite o uso dos novos produtos antibacterianos que incluem triclosan e triclocarban, elementos químicos que pioram a resistência bacteriana, além de romper o equilíbrio hormonal.
Agora, se você realmente prefere os higienizadores de mãos, escolha os que são fabricados a base de extrato de arroz, aloe vera, camomila e tea tree oil.
Mas de todos os conselhos, o principal é que você tome conta de seu sistema imunológico. E para isso preparei algumas medidas que você deve adotar para ter uma excelente saúde. Vamos lá:
– Alimente-se de acordo com o seu tipo metabólico;
– Beba bastante água;
– Controle o estresse;
– Durma o número de horas adequado;
– Evite açúcar em excesso (especialmente frutose);
– Evite alimentos processados e transgênicos;
– Evite grãos em excesso;
– Exercite-se regularmente;
– Mantenha níveis adequados de insulina;
– Faça uso de níveis adequados de vitamina. D;
– Use probióticos de rotina.
Referências bibliográficas:
– Mental Floss. Jan 11, 2012-06-18
– Am J Infection Control. Sep 2011
– Am J Infection Control. Apr 2011
– AJN. Dec 2011
– Journal of the American Geriatrics Society. April 2009