As glândulas adrenais estão entre as maiores vítimas do estresse em que vivemos. Conheça melhor o estresse adrenal e saiba como tratá-lo.
Se alguém resolvesse editar um dicionário com os termos mais usados na atualidade, com certeza, a palavra estresse seria um dos principais verbetes. Antes, privilégio duvidoso de moradores dos grandes centros urbanos, o estresse hoje democratiza seus efeitos nocivos afetando crianças e adultos, homens e mulheres, ricos e pobres.
Não que o estresse constitua um problema em si. Ele é natural e necessário à sobrevivência, à medida que cumpre a função primordial de nos deixar aptos para uma ação ou decisão iminente. Nem os homens pré-históricos escaparam – sempre que saíam à caça ou se viam à mercê de um predador, por exemplo, eles também entravam em estado de estresse. Mas depois relaxavam… enquanto hoje, essa tensão, de tão permanente, tornou-se quase um modo de vida. A parafernália eletrônica de celular, laptop, email e internet facilite o dia-a-dia, mas prolonga a rotina profissional além de qualquer limite. Somem-se aí, pressões econômicas, inseguranças, o clima de constante competição e pode-se dizer que o homem moderno acaba matando bem mais do que um leão por dia.
Mesmo boa parte das situações de lazer atual, como competições e jogos, é movida a adrenalina. E não é modo de dizer. Literalmente, uma das conseqüências do estresse é a ativação das glândulas adrenais, que aumenta os níveis de cortisol e de adrenalina acima do desejável. Insidiosamente, cria-se um círculo vicioso, que pode resultar no chamado estresse adrenal. As conseqüências negativas se manifestam em diferentes órgãos. O sistema cardiovascular é dos mais atingidos, com aumento do colesterol e de depósitos de gordura nas paredes das artérias.
Também a absorção de nutrientes e as funções digestivas e intestinais são prejudicadas. Podem ocorrer ainda alterações de pressão arterial, aumento da suscetibilidade a alergias e distúrbios de glicemia. O resultado é um depauperamento físico e emocional. O tratamento envolve, obviamente, uma redução no nível de estresse, combinada a um programa de nutrição adequada do organismo, com suplementação de ácido pantotênico, complexo B e vitamina C. Outras substâncias antioxidantes, como bioflavanóides, clorofila, L-tirosina e CoQ10 também são importantes.
Muitas vezes, é preciso recorrer às formas injetáveis –, mas só o médico pode avaliar o melhor caminho para restabelecer seu equilíbrio.