Muito cuidado! Pense muito bem antes de acreditar que as indicações para consumir carne de porco em substituição à carne vermelha são saudáveis. Pesquisas sugerem que esse consumo pode ser altamente perigoso para a sua saúde.
Para se ter uma noção do risco que você pode estar correndo, o consumo de carne de porco tem maior associação aos casos de cirrose de fígado do que os casos provocados pelo álcool.
Há estudos que também demonstram a associação entre o consumo da carne de porco e o câncer de fígado, assim como em casos de esclerose múltipla.
O que acaba contribuindo para o surgimento desses casos é o excesso de ômega 6 proveniente de grãos das rações. Esse excesso causa processos inflamatórios crônicos que acabam alimentando problemas seríssimos à saúde, como temos observado na atualidade.
Mas, por outro lado, porcos alimentados com vegetais, além de não apresentarem o mesmo nível de processos pró-inflamatórios causados pelos grãos acabam tendo e possivelmente não causam doenças inflamatórias como as citadas anteriormente.
Outra razão para ligar o sistema de alerta ao optar pelo consumo da carne de porco está ligada ao fato de que a maioria dos produtos provenientes deste alimento ser processada, defumada, curada ou salgada. Em particular, é preocupante o uso de nitritos adicionados a essa carne tais como preservativo, colorantes e geradores de sabor. Esses nitritos encontrados em carnes processadas se transformam em nitrosaminas claramente associadas ao risco de câncer.
Mesmo a carne processada cozida em altas temperaturas, contém mais de 20 tipos diferentes de aminas heterociclicas que estão ligadas ao câncer. O aquecimento destas carnes a altas temperaturas causa a formação de nitrosaminas, o que é ainda mais lesivo. O cozimento não é suficiente para eliminar retrovírus e outros parasitas.
Como o porco é um animal que consome absolutamente de tudo, sugere-se que infecções patogênicas no porco são responsáveis por doenças hepáticas e esclerose múltipla.
Mas ainda sim, se você prefere consumir carne de porco, seja por opção ou mesmo necessidade, consuma carne que não seja de porco confinado. Os danos tendem a ser um pouco menores.
Referência:
– J. Nutr 2004, Apr, 134(4): 904-12
– Lancet 1998 Aug. 29, 352(9129):692-4
– Weston Price Foundation Nov. 25, 2011