Agora que eu já esclareci alguns dos equívocos sobre os macronutrientes – proteínas, gorduras e carboidratos -, gostaria de te contar a real verdade sobre alguns dos alimentos específicos que disseram a você que seriam nocivos à sua saúde.
Óleo de Coco: um alimento perfeito
Há trinta anos começou a discussão entre gordura saturada versus gordura insaturada; o óleo de coco foi banido com o resto das gorduras saturadas por ser considerado um flagelo destruidor de saúde. Mas, a verdade, é que as gorduras saturadas, incluindo o óleo de coco, são boas para você. São os óleos insaturados que causam os maiores danos à sua saúde, tais como o câncer, as doenças cardíacas e a obesidade. Ao invés de contribuir para o excesso de peso, o óleo de coco tem a habilidade, única, de manter você magro.
Mais de 50 anos atrás, os fazendeiros começaram a procurar uma forma mais barata de engordar os seus animais. O óleo de coco parecia ser uma escolha óbvia, sendo muito mais barato do que os grãos; e já que era um tipo de gordura, eles achavam que ele poderia engordaria as vacas. Para a surpresa, e desânimo destes fazendeiros, os animais alimentados com o óleo de coco permaneceram magros, apesar do fato que consumiam óleo de coco tanto quanto, se não a mais, do que as vacas alimentadas com grãos.
Embora as vacas magras não deixem os criadores felizes, as pessoas mais magras constituem uma população mais saudável, e o óleo de coco pode ajudar a tornar isto em realidade. Além de ajudar a controlar o peso, o óleo natural de coco age como um anti-histamínico, e também possui propriedades antidiabéticas e anticancerígenas.
E talvez, a melhor coisa sobre o óleo de coco (como se tudo isto não bastasse) é que ele tem uma durabilidade incrível. Ele pode ser armazenado em temperatura ambiente por mais de um ano sem rancidificar.
Cerveja: faça um brinde à sua saúde
Os benefícios da cerveja para a saúde são enormes. Enquanto composta na maior parte por água e álcool, a cerveja é frequentemente chamada de “o alimento completo.” Tem uma grande variedade de aminoácidos, proteínas, polipeptídeos e sais minerais, incluindo potássio, magnésio, manganês, zinco e cobre.
A substância que dá a cerveja o seu sabor amargo único é chamada de lúpulo. Esta substância é responsável por um efeito calmante, sedativo e terapêutico. Em quantidades moderadas, a cerveja pode, na verdade, ajudar o seu sistema digestivo, ajudar o corpo a transportar água, diminuir o estresse e beneficiar o seu coração. Há até novas evidências de que a cerveja pode ajudar na sua proteção contra o câncer.
Pesquisadores da Universidade do Estado de Oregon descobriram que um antioxidante na cerveja pode ser especialmente potente. Os antioxidantes foram ligados aos efeitos protetores contra a aterosclerose, o câncer, o envelhecimento, a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer. Embora esses achados precisem ser estudados mais a fundo, não é prejudicial curtir a sua caneca gelada neste meio tempo.
E há notícias até melhores! Você pode esquecer o mito de que a cerveja engorda. A cerveja é 93% água, não contém açúcar ou gordura e tem um nível baixo de aditivos. Homens com grandes barrigas de cerveja são a minoria. E, embora haja alguma especulação de que beber cerveja estimula o seu apetite, não deixe este “excesso infrequente” te frear na apreciação dela.
Viu só como as coisas observadas com mais calma e bem mais de perto podem revelar grandes surpresas?
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Referências Bibliográficas:
– Nutritional Aspects of Beer – A Review, Bamforth CW, Nutr Res, 2002; 22:227-237.
– Meta-Analysis of Wine and Beer Consumption in Relation to Vascular Risk, Di Castelnuovo A, Rotondo S, et al, Circulation, 2002;105:2836-2844.
– Nutritional and Health Benefits of Beer, Denke MA, Am J Med Sci, November 2000; 320(5):320-326.
– BMJ 2013; 347:f6340
– Medical News Today October 24, 2013
– Sinal verde para a carne vermelha. Dr. Wilson Rondó Jr., 2011
– Óleo de coco: a gordura saudável. Dr. Wilson Rondó Jr. 2011.