Enxaqueca associados a desruptores hormonais

Cerca de 12% das pessoas apresentam enxaqueca que chegam a ser de forma incapacitante. É a 3º doença mais prevalente em todo o mundo.

É mais frequente em mulheres, mas também presentes em jovens ou adultos.

Apesar do alto grau de prevalência ainda os pesquisadores lutam para entender exatamente o problema.

Há fatores que passam a ser entendidos como possíveis causas, especialmente no mundo moderno.

Trata-se do excesso de xenoestrogênio, pela disfunção de tireoide e pelo excesso de consumo de óleo de sementes, ricos em ácido linoleico (LA).

Estrógeno e enxaqueca

A origem da enxaqueca é um distúrbio do sistema nervoso central, mais especialmente em células cerebrais, que transmitem o sinal da dor através do nervo trigêmeo.

Por outro lado, o estrógeno sensibiliza as células em torno do nervo trigêmeo, que conecta os vasos sanguíneos da cabeça, aumentando essa manifestação.

Isso explica por que o estrógeno é mais alto nos anos reprodutivos da mulher, sendo portanto mais frequente a enxaqueca no sexo feminino nesse período.

Entende-se, de acordo com estudos, que se o estrógeno é o causador do problema, a progesterona seja o bloqueador do estrógeno, colaborando na solução.

Como controlar essa dominância estrogênica

Estando com enxaquecas frequentes, deve-se evitar reposição hormonal (mesmo bioidêntica), anticoncepcionais e contato com produtos que aumentem os xenoestrogênio.

Há cerca de 1.000 produtos que se tem contato diariamente que aumentam o problema; portanto é aconselhável:

Evitar estrógenos sintéticos: reduza sua exposição e uso de reposição hormonal ou contraceptivos. Converse com o seu médico sobre o assunto.

Prefira produtos naturais: como cosméticos, produtos de cabelo. Evite compostos químicos como parabenos e fitalatos, que tem ação estrogênica.

Limite exposição a pesticidas: consuma alimentos naturais sem exposição a pesticidas; pois tem efeito estrogênico. Lavar vegetais e frutas para remover pesticidas.

Mudar produtos de casa: evite produtos de limpeza, lavanderia e perfumes de ambientes para compostos naturais. Prefira vinagre, bicarbonato de sódio e óleos essenciais.

Evite embalagens plásticas: minimize embalagens plásticas que tem efeito estrogênico. Procure usar vidros e recipientes de aço inoxidável para conservar os alimentos e líquidos. Evite plásticos no micro-ondas, prefira vidro ou cerâmica.

Filtrar a sua água e evite garrafas plásticas: procure garrafas que sejam de vidro, em vez de plásticos.

Conservar o peso saudável: evite excesso de peso, pois as gorduras tem alto efeito estrogênico. Procure fazer dieta correta e se exercitar regularmente.

Mantenha a saúde hepática: importante na metabolização e eliminação do excesso de estrógeno.

Procure manter a saúde hormonal: as abordagens naturais para isso, dependem de uma alimentação rica em vegetais crucíferos, que contém compostos que ajudam no metabolismo estrogênico e desintoxicação.

Reduzir estresse: lembre-se que o estresse crônico pode desequilibrar os hormônios. Procure meditar, fazer yoga, além de passar um bom tempo na natureza.

Enxaqueca e disfunção mitocondrial: para isso, procure evitar a ingesta de LA (ácido linoleico), uma gordura poli-insaturada ômega 6, que age como uma toxina na mitocôndria, quando consumida em excesso.

O ômega 6 faz com que a mitocôndria não funcione corretamente gerando oxidação, causando disfunções e muitas doenças crônicas como enxaqueca.

Enxaqueca e hipotireoidismo: as causas de hipotireoidismo, são claras. Excesso de LA e dominância estrogênica, ambos interferem na ativação do hormônio tireoidiano T3.

E a incidência de hipotireoidismo está significativamente ligada com enxaqueca.

Os estudos atuais mostram que a incidência de enxaqueca é bem maior nos indivíduos com hipotireoidismo.

Evite LA, para reduzir a enxaqueca: procure manter a ingesta de LA (ácido linoleico) abaixo de 2% das suas calorias diárias:

Veja as principais fontes de ômega 6, rica em LA:

  • Alimentos processados
  • Óleos para cozinhar (milho, soja, canola, etc…)
  • A maioria das sementes e nuts
  • Evite comida de restaurante, pois são ricas em LA
  • Animais criados confinados, como frango, suíno e gado, por se alimentarem de grãos
  • Cuidado com os óleos de oliva adulterados. Procure cozinhar com manteiga, gordura de porco e sebo bovino.

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