Vivemos em um “ambiente elétrico” do qual dependemos, seja para os afazeres domésticos, seja para o nosso trabalho. Os cientistas da Agência de proteção Ambiental americana estão trabalhando para classificar campos eletromagnéticos como Carcinogênico Classe B (da mesma forma que é classificado o cigarro).
Pela manhã, acordamos com o som do celular. Em seguida, usamos um barbeador elétrico, um secador de cabelo ou uma escova de dentes elétrica. Após essas atividades, dirigimo-nos à cozinha, onde colocamos fatias de pão na torradeira e ligamos a cafeteira.
Várias pessoas, ao se dirigirem ao trabalho, utilizam-se de metrô ou ônibus elétrico. Ao chegarem ao escritório, convivem com computador, máquina xerox, telefone celular, lâmpadas fluorescentes, etc…
À tarde, quando voltam para casa, utilizam o forno de micro-ondas, ou o forno elétrico, e finalmente se sentam para relaxar por algumas horas em frente à TV ou com fones de ouvido. Essa descrição do homem dos dias atuais evidencia como ele está envolvido pelos campos eletromagnéticos. É importante recordar também que todo aparelho ligado a uma tomada, esteja ele em funcionamento ou não, está gerando campo eletromagnético.
Bioefeitos dos campos eletromagnéticos
- Alteram neurotransmissores que carregam impulsos nervosos através das membranas celulares.
- Alteram o fluxo do íon cálcio na ação reguladora da atividade de crescimento da célula normal.
- Inibem a melatonina, que é um hormônio que regula o ciclo circadiano (o que chamamos relógio biológico). Esse ciclo circadiano controla o ritmo do sono, a hora de acordar e o humor, e tem importante ação oncostática. A melatonina diminuída contribui para a depressão, alteração do humor e certas desordens psíquicas.
- Provocam falhas na reprodução: nascimento de crianças com defeitos; mães que usam cobertores elétricos na gestação tem o dobro de chance de ter filhos com tumor cerebral.
Campos eletromagnéticos em casa
Dormitório
- Cobertores elétricos ligados à tomada criam campos eletromagnéticos. Desligue e retire da tomada antes de ir para a cama.
- Relógio digital: mantê-lo longe da cabeça (distância de um metro), ou melhor, substituí-lo por um a pilha, pois neste caso não produz campo eletromagnético.
Banheiro
- Escova de dentes elétrica: substitua-a por manual; secador de cabelos, aparelho de barbear: evite-os o quanto possível. Lâmpadas fluorescentes: troque-as por lâmpadas comuns.
Cozinha
- Geladeira, freezer, micro-ondas (transmitidos pelo transformador), cafeteira, tostadeira: é aconselhável manter-se longe desses aparelhos enquanto funcionam.
Sala de lazer
- TV, vídeo, aparelhos de som, computador pessoal, telefones portáteis e celulares produzem ondas de alta frequência. Usados próximos ao corpo, as ondas de alta frequência podem alterar a glândula pineal produtora de melatonina, exatamente no centro da cabeça, onde os antigos diziam estar o místico terceiro olho.
Estudos epidemiológicos mostram a grande incidência de neoplasias geradas por campos eletromagnéticos, especialmente em crianças que são suscetíveis. Residências próximas a geradores de energia de alta tensão e cabos transmissores estão sob campo eletromagnético de grande magnitude. Para escapar da área de intensidade lesiva é necessário estar a pelo menos 1.500 metros de distância desses geradores.
Referências bibliográficas:
- Livro Prevenção: A medicina do século XXI. Editora Gaia. 2000