Todos nós queremos viver muito, mas ninguém quer ficar velho. Desde o início dos tempos, a procura pelo rejuvenescimento desafia o homem. Agora, um estudo recente mostraas evidências de que o envelhecimento sistêmico pode ser revertido de forma convincente através da variação da idade biológica em relação à idade cronológica.
Trata-se do rejuvenescimento epigenético, aonde não só se interrompe o envelhecimento mas reverte-se o processo.
Neste ensaio clínico, aonde se enfocou regeneração do timo, imunorrestoração e redução de insulina, se observou após um ano de tratamento que as pessoas estavam cronologicamente um ano mais velhas, mas fisicamente um ano e meio mais jovens em comparação com quando iniciaram o tratamento.
O protocolo de tratamento consistia em:
– Hormônio do crescimento humano recombinante (rhGH)
Tem efeitos reconstituintes timotróficos e imunológicos em animais e humanos.
Promove crescimento muscular e queima gordura de modo efetivo. Além disso, tem papel importante na saúde de modo geral e na longevidade.
A suplementação de hormônio do crescimento por meio de injeções de HgH recombinante (sintético) pode e deve ser associada com medidas dietéticas, exercícios que estimulem a produção desse hormônio e suplementos indutores ou precursores de HgH. Só assim se alcançará o máximo de benefícios do desenvolvimento muscular e queima de gordura.
Em agosto de 1996, o FDA, órgão de controle americano, aprovou o uso de HgH para adultos com deficiência na glândula pituitária. Antes disso, só podia ser usado para promover o crescimento de crianças com falta do hormônio. (clique aqui para entender e conhecer também a extensa lista de benefícios do HgH).
– Dehidroepiandrosterona (DHEA)
O DHEA tem muitos efeitos, tanto em homens quanto em mulheres, que se opõem a efeitos deletérios do envelhecimento normal.
Veja quão abrangente são:
- regula a produção e a regulação de outros hormônios esteroides e hormônios de estresse (incluindo os grandes, como o estrógeno, a testosterona, o cortisol e a norepinefrina).
- parte vital do aumento da massa muscular magra (que, como já lhe disse, é uma parte especialmente importante para evitar ossos quebrados na medida em que você envelhece).
- promove a queima de gordura e o estímulo do crescimento ósseo.
Sua deficiência o torna mais vulnerável a praticamente todas as principais doenças que você possa imaginar – câncer, diabete, aterosclerose, pressão sanguínea alta, doença de Parkinson, deterioração dos nervos e muitas outras doenças degenerativas que muitos consideram uma parte típica do envelhecimento.
Ou seja, ter este hormônio em dosagens adequadas é de grande ajuda no controle do processo de envelhecimento, assim como o HGH.
– Cloridrato de Metformina (Metformina)
Como a hiperinsulinemia induzida pelo GH é indesejável e pode afetar a regeneração tímica e a reconstituição imunológica, foi associado metformina.
É um poderoso mimético de restrição calórica em camundongos idosos e foi proposta como candidata a retardar o envelhecimento em humanos.
– Vitamina D3
Fundamental para o sistema imunológico que precisa estar em pleno funcionamento. Saiba que dos cerca de 30.000 genes em seu corpo, quase 3.000 deles são afetados por essa vitamina.
Outros estudos mostram que em níveis ideais de vitamina D é possível reduzir o risco de câncer em até 60%, especialmente o de pâncreas, pulmão, ovário, próstata e pele. Além disso, é importante para saúde óssea e muscular e manutenção de níveis adequados de testosterona.
– Zinco
O zinco desempenha um papel importante no crescimento e desenvolvimento estando relacionado com quase toda função estrutural do nosso corpo. Ele é essencial para todas as formas de vida.
A função neurológica e reprodutiva são particularmente dependentes de zinco. A sua deficiência pode ter um sério impacto e causar problemas de pele, diarreia, comprometimento de cicatrização, queda de cabelo, alteração da sensação de paladar, apetite reduzido, cegueira noturna, edema, opacificação da córnea, e até mesmo distúrbio de comportamento.
Biomarcadores do envelhecimento
O modelo usado para medir o envelhecimento foi a quantidade de DNA metilado presente nas células sanguíneas, que normalmente sofrem modificações químicas, com o passar dos anos.
A mensuração da quantidade de metilação no DNA de cada paciente foi realizada antes, durante e depois do tratamento.
Observou-se que houve redução da quantidade de DNA metilado no transcorrer do tratamento, o que evidencia um estado mais rejuvenescido.
Ou seja, essas evidências bioquímicas além da regressão dos fenômenos do envelhecimento, como redução de massa muscular, perda de força, vigor sexual, memoria reduzida, pele mais flácida etc., mostra que é perfeitamente possível esse sucesso terapêutico.
Agora, o “relógio” epigenético pode superar a idade cronológica, reduzindo a idade biológica. Entenda que essa luz no fim do túnel foi feita em caráter experimental e ainda carece de mais pesquisas cientificas… mas é muito animador. Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
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- Physiological Genomics, 2005; 23, 343– 350.
- Annals of the New York Academy of Science. 1988; 521, 72– 87.
- Fahy, G. M. The future of aging: pathways to human life extension (pp. 127– 223). 2010
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- www.drrondo.com/efeitos-colaterais-secretos-medicamentos/
- www.drrondo.com/qual-a-diferenca-entre-hcg-e-hgh/
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- www.drrondo.com/risco-deficiencia-zinco/