Ao longo destes 30 anos em que tenho me dedicado a cuidar de pacientes pelo mundo todo eu aprendi muita coisa. E dentre tudo o que vi, li e ouvi, aprendi que na medicina não existe nada que seja um fato médico inegável. A medicina simplesmente não funciona assim, somente na base das certezas irrefutáveis.
Por causa da proliferação da mídia, todos nós estamos inundados, mais do que nunca, por “conselhos médicos”. E infelizmente, muitos desses estudos e relatórios tidos como geniais, são extremamente defeituosos. Eles estão completamente errados e, muitas vezes chegam a ser perigosos.
Como consequência disso, todos os dias somos abordados com dúzias e mais dúzias de falsidades médicas que foram promovidas a fatos.
Veja um desses conselhos que pode estar arruinando com a sua saúde:
Tome oito copos de água por dia
De onde veio essa definição de que precisamos beber pelo menos oito copos de água por dia? Ninguém sabe; assim como ninguém apareceu para dizer a verdade sobre isso. Pelo menos não até agora.
Sendo assim, você precisa saber que não há nenhuma convenção que diga que você tem que tomar oito copos de água por dia. Você só precisa de alguns copos de água por dia e precisa também parar de beber água com tantos aditivos prejudiciais.
Um estudo conduzido por pesquisadores no Instituto Nacional de Saúde Pública da Finlândia mostra que beber água clorada normal (aquela que sai da torneira da sua casa) causa tumores em ratos. Nos últimos 100 anos, o cloro tem sido adicionado a praticamente todas as fontes de água de beber das cidades, pois é uma maneira de evitar doenças como febre, disenteria, cólera e febre tifoide. Mas, infelizmente, os riscos são maiores do que os benefícios.
Água: Quanto é demais?
A loucura pela água está em toda a parte. A crença de que tomar oito copos grandes de água por dia evitaria todos os tipos de catástrofes nos jovens se alastrou feito praga.
Vejam só: Os “peritos” na Inglaterra declararam que as crianças britânicas estavam desidratadas, e, portanto, deveriam ser recomendadas, aliciadas ou assustadas ao ponto de tomarem oito copos grandes de água por dia. A imprensa britânica anunciou que “uma campanha foi lançada nas escolas para encorajar as crianças a beberem mais água para aumentar a sua concentração. Os estudos descobriram que as crianças que estavam desidratadas não trabalhavam tão bem na sala de aula quanto àquelas que beberam os recomendados oito copos de água por dia”.
Mas espera aí! Oito copos de água por dia para uma criança que pesa 38 quilos? Elas passarão a maior parte do seu tempo no banheiro, o que a meu ver certamente não parece que ajudará a aumentar o nível de concentração.
Então, quem são as luzes-guia atrás deste esforço para encharcar as crianças britânicas com água? O Dr. Martin Schweiger, consultor da Unidade de Proteção à Saúde de Leeds, disse que a desidratação na infância pode causar sérios problemas de saúde em adultos. “Se as crianças não bebem água suficiente os sistemas delicados de enzimas dos quais seus corpos dependem começam a sair de prumo”. Então, obviamente, seria algo semelhante ao abuso de menores não forçar as crianças a beberem água.
Será que ninguém se deu ao trabalho de considerar que toda esta bebedeira de água pode fazer mal às crianças?
Conheça uma forma mais fácil de descobrir se você precisa beber água
Você realmente não precisa beber água alguma, a não ser que você tenha sede. O Pai Natureza e a sua esposa, Mãe Natureza, não liga a mínima sobre os neuropsicólogos e suas loucas ideias sobre os “problemas em longo prazo de infecção, doenças renais e pressão alta” que o Dr. Schweiger afirma ser “o preço que as pessoas pagam por beber água insuficiente quando crianças”. Que isso minha gente? Não existe prova alguma com relação a isso.
Todos estes “peritos” devem estar tão encharcados de água que não conseguem perceber que os rins são um milagre de regulação química e hídrica. Todas as criaturas vivas, incluindo até os antílopes e as formigas, são espertas o suficiente para escutar o instinto natural que diz “você está com sede. Beba água”. Bilhões de pessoas bebem água somente quando elas têm sede e têm seguido este modelo a milhares e milhares de anos.
Beber água em excesso pode, em si, desarranjar o sistema endócrino da mesma forma que o Schweiger alega que a falta de água o faz. Se os rins estiverem estressados por filtrar água em excesso por um longo período de tempo, é possível que uma pessoa que tenha saúde renal limítrofe, podendo inclusive, ter insuficiência renal devido à excessiva diluição do sangue, o que leva à hipocalemia (baixo potássio no sangue), arritmia cardíaca e até à morte. Será que não ocorreu às “autoridades” que água em excesso no sangue pode ser tão ruim quanto água de menos? E quem foi que disse que as crianças não bebem água o suficiente?
Eis o que fazer:
Uma grande parte da água que você precisa vem de alimentos sólidos. Então pare de se afogar em água e, faça o que fizer, pare de beber a água da torneira.
A água da torneira deve ser filtrada antes de se consumida, seja para beber, cozinhar ou até mesmo tomar banho. A filtragem desta água não só reduzirá o seu risco de ter câncer, como também reduzirá o seu risco de desenvolver a doença de Alzheimer. A água da torneira contém flúor que faz o seu corpo absorver mais alumínio. E você sabe para onde vai este alumínio? Para o seu cérebro! E qual metal aparece alarmantemente nos cérebros das vítimas de Alzheimer? Você adivinhou.
A fluoretação já foi banida na Escandinávia e em vários países da Europa, mas por alguma razão nós ainda achamos isso uma boa ideia aqui.
Eu recomendo que você use um filtro de água de osmose reversa debaixo do balcão. Outra opção seria usar um destilador de água. Você também deve considerar a instalação de um filtro para o chuveiro, já que alguns carcinogênicos podem ser absorvidos através da pele ou inalados por meio do vapor.
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Referências Bibliográficas:
- Scientific American December 5, 2013
- 3 CDC National Report on Human Exposure to Environmental Chemicals
- Archives of Pediatric & Adolescent Medicine September 2010;164(9):860-9
- Environ Health Perspect. 2010 May;118(5):686-92