A colonoscopia é uma estratégia efetiva no diagnóstico do câncer de colón, que apresenta evolução lenta e é um dos mais letais atualmente. Portanto, a detecção precoce é importante!
Normalmente, o que se indica é a realização de colonoscopia com uma certa rotina, dependendo do caso, à partir dos 50 anos. Essa inspeção é um modo adequado de não só visualizar, mas também fazer intervenção cirúrgica, se for necessário. Se houver pólipos, ele é retirado e enviado para biopsia. Portanto, ela pode salvar a sua vida.
Por outro lado, há os riscos de complicações que devem ser bem avaliados:
- Morte por colonoscopia é raro, mas precisa ser avaliado. A média é cerca de 1 caso em cada 1000 pacientes.
- Perfuração de cólon: Os indivíduos com diverticulite são um grupo maior de risco, assim como os indivíduos com alguma doença de cólon ou aderências por cirurgia pélvica.
- Complicações da Anestesia: o aconselhável é usar a sedação mais branda possível, pois a anestesia completa aumenta os riscos.
- Disbiose intestinal: o uso de laxativos muito agressivos podem promover esse desequilíbrio.
- Resultados falso positivos: essa situação leva a tratamentos desnecessários, que podem ser perigosos, além da ansiedade e a sentença de um diagnóstico de câncer.
- Infecção causada por preparo inadequado do material (assepsia): normalmente deve-se checar qual é o produto usado, pois esses instrumentos (endoscópio), não são descartáveis e muitas vezes se usam produtos que agem de forma insuficiente, como é o caso da solução de glutaraldeído a 2%, sendo que o ideal é que se use o acido peracético, pela sua maior eficiência na esterilização.
Opções de testes para o diagnóstico de câncer de cólon
- Teste de sangue oculto nas fezes, que deve ser feito anualmente.
- Sigmoidoscopia a cada 5 anos, que avalia uma área mais restrita.
- Colonoscopia a cada 10 anos.
Obviamente, dependendo do histórico do paciente, o médico pode solicitar esses exames anuais, ou a cada 2 anos. Essa abordagem, na verdade, procura problemas instalados, mas entendo que o ideal é focar na prevenção, algo proativo que, na verdade, serve para todos os tipos de tumor.
Para isso aconselho:
- Exposição ao sol frequentemente, para adequar os seus níveis de vitamina D.
- Exercício físico, que os estudos mostram ser altamente protetor. No caso, aconselho o treino de alta intensidade, descrito no meu livro 20 Minutos e Emagreça.
- Se alimente de acordo com o seu tipo metabólico, respeitando e otimizando o seu metabolismo.
- Reequilibre a sua relação ômega 3 : ômega 6, consumindo alimentos que forneçam boa quantidade de ômega 3 (gado a pasto, leite, ovos, manteiga e carne de outros animais a pasto), além de um suplemento adequado de ômega 3, sem metais tóxicos.
Se for fazer o exame, tenha a certeza de estar fazendo com um profissional bem treinado para isso. Não ignore os sintomas e seja pró-ativo, procurando uma avaliação com o seu médico!
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