A diabetes tipo 1 não tem a mesma importância em termos de divulgação pela imprensa que a versão tipo 2 da doença. Porém, esta condição vem aumentando a cada ano.
As pesquisas atuais mostram os modos mais efetivos de lidar e controlar a doença. É possível, por meios naturais, prevenir e até revertê-la para os que já foram diagnosticados.
Mas, obviamente, o tratamento preventivo é muito melhor do que revertê-la.
Como a doença é mais frequente em crianças e adolescentes, é necessário atitudes preventivas para se evitar o problema futuro que consiste em controles de glicemia, injeções de insulina e todas as complicações do diabetes, como comprometimento visual, potencial risco de falência renal e doença aterosclerótica. Mas saiba que há como prevenir o Diabetes tipo 1 através de medidas provadas.
Segundo publicação do Lancet, com um estudo de 10.821 recém nascidos monitorados por 31 anos, no período entre 1966 e 1997, foi possível reduzir em 80% a incidência de Diabetes tipo 1 com o uso de uma simples vitamina regularmente.
Trata-se de vitamina D
No estudo, a dosagem usada era de 2000 iu diariamente para o primeiro ano de vida. O motivo?
Os pesquisadores observaram:
“Em vista dos fatos de que a vitamina D age como um agente imunossupressor, e pelo fato da Diabetes tipo 1 acreditar-se tratar de uma doença autoimune, esses achados não foram surpresa”.
Porque as células beta do pâncreas param de funcionar?
Muito do problema tem sido entendido como um “ataque autoimune” nessas células por linfócitos (um tipo de glóbulo branco) e outras células circulantes do sistema imunológico.
A proteína do leite de vaca e o glúten têm sido fortemente implicados como “gatilho” de ataques autoimunes nas células beta; outros antígenos também podem ter essa ação de gatilho.
Quando a Diabetes tipo 1 é diagnosticada, 70% ou mais dessas células beta já podem ter sido destruídas.
A menos que as células beta do pâncreas possam ser recuperadas, os indivíduos com Diabetes tipo 1 devem se autoinjetar insulina, uma ou mais vezes durante o dia para ajudar o transporte da glicose da corrente sanguínea para as células aonde é metabolizada.
Nutrientes para proteger as células beta, frente a Diabetes tipo 1
– Vitamina D. O estudo abordado sugere administrar já na infância 2000 iu de vitamina D3 diariamente, o que é menos do que uma criança pode obter do sol se viver em área tropical. Há profissionais que sugerem dosagens maiores ainda. Deve-se monitorar periodicamente esses níveis de vitamina D no sangue.
– Gaba (Ácido Gama Amino Butírico). É produzido em grandes quantidades pelas células beta do pâncreas, sendo sintetizado pelo corpo à partir de 2 aminoácidos, a glutamina e o glutamato. As pesquisas sugerem que a glicose pode estimular a liberação de Gaba no pâncreas, para tentar proteger e reduzir a morte (apoptose) das células beta.
Quando as células beta são destruídas e a produção de insulina é reduzida na Diabetes tipo 1, qualquer terapia que previna a morte celular tem grande valor.
Em modelo animal, a administração oral de Gaba melhorou a resposta imune, podendo retardar ou até reverter a Diabetes tipo 1 em estágios iniciais.
Ou seja, a Gaba protege as células beta, e quanto mais destas células houverem, melhor.
– Niacinamida. É uma fonte de vitamina B. Os estudos mostram que ela pode reduzir a progressão do Diabetes tipo 1 por mais de um ano antes das injeções de insulina. A dosagem sugerida é 1000 mg, segundo a literatura.
– Gymnema Silvestre. Esse fitoterápico pode promover o aumento do número de células pancreáticas beta, segundo os estudos. Pode também reduzir a necessidade de insulina, se for o caso. E segundo um dos pesquisadores, “a terapia com Gymnema parece aumentar a insulina endógena, possivelmente por regeneração /revitalização das células beta residuais.” De acordo com os estudos, a dosagem recomendada é 800 mg 2x/ dia.
– Dieta
- eliminar todo tipo de açúcar, frutose e carboidrato refinado, e ao mesmo tempo reduzir os outros carboidratos, mesmo integrais da dieta.
- retirar o glúten, pois em pessoas sensíveis, está ligado com reação autoimune, incluindo Diabetes tipo 1.
- eliminar todos os tipos de grãos e laticínios.
– Candida Albicans. Evitar ou erradicar crescimento de cândida no intestino, por desequilíbrio de ecologia intestinal, pois cândida contém uma proteína com aminoácidos conectados de forma idêntica ou muito similar aos aminoácidos do glúten, que estimulam o processo autoimune, destruindo as células beta.
Regenerar a ecologia intestinal é fundamental, com isso reduzindo os anticorpos autoimunes, que estimulam o efeito da cândida, revertendo assim de Diabetes tipo 1.
A medicina avança a cada dia com foco na prevenção. Quando você se cuida, mantém as doenças longe. Com certeza é melhor do que esperar o problema acontecer e arcar com os prejuízos. Previna-se!
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Referências bibliográficas:
- Annals of Allergy, January 1992;68:5-9
- Journal of The American CollegeofNutrition, 1989;8(5):424
- Phytotherapy Research, 2010
- Phaarmacol Res Commun. 1981;13:475-86
- Ethnopharmacol. 1990;30:295-305
- Muito Além dos Superalimentos: Mude sua vida com Super Nutrientes. Dr. Wilson Rondó Jr.
- www.drrondo.com/atencao-nivel-vitamina-d/
- www.drrondo.com/candida-fungos-saude/
- www.drrondo.com/candida-albicans/
- www.drrondo.com/o-que-voce-ainda-nao-sabia-sobre-a-candida-albicans-e-que/