Como prevenir a Degeneração Macular?

Geralmente, as pessoas acham que quando chega a idade, os problemas de saúde são inevitáveis. Afinal de contas, o que se pode fazer quando se envelhece? Eu respondo: pode-se fazer sim muita coisa, prevenindo muitos males. E a Degeneração Macular é mais um desses exemplos. Ela é a causa mais comum da cegueira entre os idosos, mas pode ser prevenida através de um correto suporte antioxidante.

A Degeneração Macular é uma condição que causa lesão progressiva no delicado centro da retina, chamado mácula. A mácula é composta por células sensíveis a luz que permitam que se vejam os objetos com clareza. Se você tem Degeneração Macular, com o passar do tempo, você vai ficando com a visão embaçada, distorcida e com uma área escura no centro da visão, o que interfere na sua habilidade de ver. Com a evolução do problema, a pessoa perde a capacidade de guiar carros, ler e reconhecer as outras pessoas, e em alguns casos, pode até ficar cego.

Degeneração Macular e nutrição

Além das recomendações básicas para combater a Degeneração Macular, é recomendável o u uso de certos nutrientes. De acordo com o NationalEyeInstitute, o uso específico de vitamina C (500 mg), vitamina  E (400 mg), Luteína (10 mg), Zeaxantina (2 mg), Zinco (80 mg) e Cobre (2 mg) pode reduzir a progressão do problema, tanto para casos iniciais como para os avançados.

Porém, há muito mais métodos efetivos para combater o problema, e vou lhes mostrar quais são. Como a mácula é muito sensível à luz, ela precisa de maior proteção contra a oxidação causada pela exposição à radiação UV, assim como às toxinas ambientais e ao fumo. Muitos nutrientes agem em conjunto, e quando eles não chegam até a mácula, ocorre um acúmulo de substâncias tóxicas, desencadeando o problema.

Suporte nutricional

Ácido Docosahexaenoico (DHA)

O ácido docosahexaenoico (DHA), que é um Ômega 3, é o maior componente dos receptores da retina e das membranas celulares. Antes de utilizá-lo, procure um produto ultrafiltrado, pela possibilidade de haver contaminação por mercúrio, na maioria desses óleos.

Luteina e Zeaxantina

Na mácula existem as células cone, que são sensíveis aos pigmentos amarelos, derivados primariamente de 2 carotenoides, a luteína e a zeaxantina, que neutralizam a lesão pela radiação UV na retina, filtram as perigosas ondas luminosas azuis (de TVs, computadores, tabletes e smartphones) e estabilizam uma camada de pigmento abaixo da retina.

Astaxantina

Este poderoso antioxidante é dos mais eficientes na proteção da visão.Produzido pelas microalgas Haematococcuspluvialis, é um excelente protetor contra radiação ultravioleta, sendo bem mais potente que a Luteína e Zeaxantina.Penetra nos tecidos dos olhos com muita facilidade e segurança, melhorando ou prevenindo as lesões de células ganglionares, neurônios de camadas internas da retina.Além disso, mantém a adequada pressão intraocular, importante no nível de energia dos olhos e acuidade visual.

Vitamina D

Reduz a inflamação na retina, eliminando a Beta amiloide, um produto residual que compromete a visão.Os estudos mostram que indivíduos com níveis bons de vitamina D são muito menos propensos a desenvolverem degeneração macular.

Vitamina B12 e Ácido Fólico

Essas vitaminas do complexo B protegem a mácula e nervo ótico.Segundo estudo publicado no AmericanJournalofClinicalNutrition, deficientes nesses elementos aumentam o risco de Degeneração Macular. Uma boa dica é consumir vegetais folhosos escuros, que são ricos em ácido fólico e vitamina B12. Além disso, essas substâncias estão presentes em alimentos de origem animal, como frutos do mar, carne vermelha e aves.

Vitamina C

Potente protetor antioxidante contra os danos oxidativos causados pela luz UV.Fontes: frutas como laranja, grapefruit, morango, kiwi, manga e abacaxi, e vegetais como brócolis, couve e pimenta.

Vitamina E

A retina contém e precisa de muita vitamina E, pois sua ação antioxidante contra a lipo-peroxidação (deterioração das gorduras) e proteção contra os danos da radiação UV são fundamentais.

Flavanoides(em especial o Berberine)

São poderosos antioxidantes encontradosem diversas plantas (em especial grãos e uvas) que melhoram a visão noturna, além de retardar a evolução do problema.

Taurina

Aminoácido encontrado em alta concentração na retina, que protege contra a radiação UV e substâncias tóxicas.

Glutationa

Poderoso antioxidante endógeno. Elimina radicais livres que podem lesar a sua visão.

Alho

Melhora a circulação, inclusive dos olhos, promovendo maior aporte nutricional a todas células e ajuda na eliminação de toxinas.

Magnésio

Melhora a função dos microvasos, como os dos olhos, ajudando a melhor nutrição celular e eliminação de toxinas.

Zinco

É encontrado em altas concentrações nos olhos (em especial na retina), ajuda a ligar a camada de pigmento de proteção da retina, além de melhorar a conexão entre células nervosas.

Selênio

Presente em altas concentrações nos olhos, protetor antioxidante contra radiação UV, além de ser cofator importante para o aproveitamento completo da vitamina E e da glutationa.          

Além dos suplementos mencionados, fique atento:

  • Use óculos escuros que bloqueiem UV, quando em ambiente externo com bastante luz do dia;
  • Normalize sua glicemia e insulina;
  • Consuma vegetais folhosos escuros, espinafre, couve, alho, ovos, aspargos e cebolas;

            Evite:

  • Suplementos de cálcio sem o equilíbrio com o magnésio;
  • Dietas com baixo teor de gordura, que retira Ômega 3 da retina;
  • Óleos hidrogenados, que interferem com o Ômega 3
  • O uso regular de Aspirina, que aumenta o risco de Degeneração Macular, mesmo que com baixa dosagem. Procure outras formas mais seguras e naturais para melhorar a fluidez do sangue;
  • Tabagismo.

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Referências bibliográficas:

  • The EyeCareRevolutions.  Robert Abel.
  • Archives of Ophthalmology April 2011, Vol. 129, No. 4
  • JAMA. 2012;308(23):2469-2478.
  • British Journal of Ophthalmology Aug 1998; 82(8): 907–910
  • Ophthalmology Volume 117, Issue 12, Pages 2395-2401, Dec. 2010
  • Archives of Ophthalmology April 2011, Vol. 129, No. 4
  • Journal of the Science of Food and Agr.  May 1, 2001: 81(6); 559-568

 

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