Você já ouviu falar do qigong? Trata-se de uma arte milenar chinesa, que como muitos exercícios de origem oriental – como o yoga, por exemplo – busca beneficiar a pessoa como um todo, corpo e mente.
Trata-se de um exercício que envolve movimentação leve e concentração. Originalmente, se acredita que os movimentos corporais da atividade melhoram a circulação de energia pelo corpo.
Por causa das origens ligadas ao pensamento tradicional de certas regiões, muitas dessas técnicas sofreram preconceito no ocidente por muito tempo. Porém, mais recentemente, pesquisas científicas têm confirmado seus benefícios para a saúde. Hoje elas são utilizadas normalmente como exercício físico e para o tratamento e prevenção de certas condições. Basta ver a yoga e a acupuntura, hoje amplamente difundidas e utilizadas.
Qigong e saúde: o que dizem as pesquisas
Apesar de menos conhecido, o qigong também é um desses exemplos de exercícios milenares que vem ganhando fama. Veja o que algumas pesquisas já mostraram até agora…
Redução de sintomas depressivos e estresse
Uma pesquisa feita pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, avaliou 96 mulheres que faziam tratamento contra o câncer de mama. Cerca de metade delas praticavam o qigong durante esse tempo, enquanto o grupo controle restante não praticava.
Ao final da pesquisa, as mulheres que se exercitavam relataram ter níveis de sintomas depressivos menores do que as do grupo controle. Elas relataram uma melhora em seu estado geral de ânimo, enquanto as outras se encontravam mais estressadas pelo tratamento.
Outro estudo, feita em Hong Kong, onde é comum a prática do qigong, mostrou que os praticantes mantiveram níveis menores de estresse durante um surto de SARS (síndrome respiratória aguda grave) que ocorreu no país. Pessoas que tinham doenças crônicas, consideradas grupo de risco, também se mostraram beneficiadas. O mais incrível é que aparentemente elas também tiveram seu sistema imunológico fortalecido, pois nenhuma contraiu a doença.
Redução de fadiga
Pesquisadores de diversas universidades americanas se uniram para avaliar os efeitos do qigong em homens que se recuperaram do câncer de próstata. Nesses casos, é comum que ocorra exaustão física, mental e emocional por causa do tratamento à base de supressão dos hormônios.
Metade dos voluntários praticaram qigong durante 12 semanas, enquanto o restante praticou apenas uma aula de alongamento comum. Ao final, os que fizeram a prática oriental relataram uma redução na fadiga e nos sentimentos de angústia maior do que os que fizeram alongamentos.
Portanto, se você anda estressado, cansado e buscando por uma atividade que equilibre corpo e mente, vale a pena conhecer mais essa prática tradicional. Tudo o que nos faz mexer o corpo e nos ajuda a ter uma Supersaúde da forma mais natural possível merece nossa atenção. Fica a dica!
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Referências bibliográficas:
- University of Texas M. D. Anderson Cancer Center. “Qigong improves quality of life for breast cancer patients, study suggests.” ScienceDaily. ScienceDaily, 25 January 2013.
- Journal of Cancer Survivorship, 2013; DOI: 10.1007/s11764-013-0315-5
- Blackwell Publishing Ltd.. “Qigong Helped People Cope With Anxiety And Discrimination During SARS Outbreak.” ScienceDaily. ScienceDaily, 24 April 2007.
- https://drrondo.com/meditar-relaxar-exercitar-vai-mudar-dna/