Há cerca de 500 anos atrás, se usava óleo de linhaça ou Flax Seed Oil exclusivamente em pinturas e outros usos industriais, pois era um óleo que secava rápido, fixando as cores.
Esse efeito se deve a alta concentração de ácidos graxos polinsaturados, que pela rápida oxidação gerava esse efeito desejado.
Porém, nos últimos 50 anos surgiram produtos derivados de petróleo, que eram mais baratos, ocupando então o espaço para qual esse óleo era designado.
Com isso, a indústria teve que achar uma nova indicação para esses óleos para evitar essa perda de espaço no mercado.
Assim surgia um alimento saudável cheio de investimento de marketing, financiado pela indústria desses óleos.
Veja o que o Dr. Ray Peat dizia sobre isso:
“Há 50 anos, as tintas e vernizes eram feitos de óleo de soja, óleo de cártamo e óleo de linhaça (semente de linhaça). Então os químicos aprenderam a fazer tinta a partir do petróleo, que era muito mais barato. Como resultado, a enorme indústria do óleo de sementes encontrou cada vez mais dificuldade em vender a sua colheita.
Na mesma época, os agricultores estavam a experimentar venenos para fazer os seus porcos engordarem com menos comida, e descobriram que o milho e a soja serviam para esse propósito, de forma legal.
As culturas cultivadas para a indústria de tintas passaram a ser utilizadas na alimentação animal. Então, esses alimentos que faziam os animais engordar de forma barata passaram a ser promovidos como alimentos para humanos, mas tiveram que desviar a atenção do fato de que engordam muito. O foco no “colesterol” foi apenas uma das ferramentas de marketing utilizadas pela indústria petrolífera.
Infelizmente, [as falsas alegações sobre colesterol e gordura saturada] são as que duram mais tempo, mesmo depois de se ter provado que os óleos insaturados causam doenças cardíacas e também câncer.”
Veja agora as consequências desfavoráveis que ninguém conta:
- Altamente oxidante
Normalmente se aconselha conservá-la em geladeira e vendido em frascos escuros, pois com o aquecimento, e mesmo sendo ingerido, e com a nossa própria temperatura, já é suficiente para que ele oxide.
- Rico em fito estrogênio
A presença de ligninas em alta concentração, agem como fito estrogênio ocupando receptores que deveriam ser dos estrógenos naturais. Com isso, o organismo reage como se tivesse tendo o verdadeiro estrógeno, gerando consequências desfavoráveis como desruptura endócrina, tanto para homens como para mulheres.
O impacto do óleo de linhaça é cerca de 20 vezes mais estrogênico que as isoflavonas na soja.
- Compromete função tireoidiana
O excesso de ácidos graxos polinsaturados do óleo de linhaça deixa o metabolismo da tireoide lento, bloqueando a produção, transporte e ação desses hormônios.
- Afeta a sensibilidade à insulina
Agem inibindo a enzima PDH e citocromo oxidase, o que compromete negativamente o metabolismo da glicose gerando resistência à insulina, além de dificultar a utilização dos carboidratos.
- Inibe a produção de colesterol endógeno
Pode parecer ser uma boa ação, mas não, pois o colesterol é matéria prima da produção de hormônios esteroides, responsáveis pela produção de testosterona nos homens e estrógeno nas mulheres.
Essa ação de supressão de síntese de colesterol também aumenta o risco de câncer.
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