Provavelmente você nunca nem ouviu falar da toxicidade do cobre, mas com certeza você já ouviu falar de insônia, ansiedade, depressão, artrite, anemia, infecções crônicas, enxaquecas, dores nos nervos, esquizofrenia e o distúrbio bipolar.
Cada uma destas condições na lista acima podem ser causadas ou agravadas pela presença de cobre em excesso no seu sangue. E praticamente todas elas podem ser amenizadas pela normalização do nível de cobre.
Será que é o caso?
O cobre em quantidade normal realiza funções importantes no seu corpo, desde a produção de energia, a cura de ferimentos, o funcionamento correto das suas glândulas da tiroide, a inibição do crescimento bacteriano, o estímulo do cérebro e mais. Suas várias funções explicam porque a lista dos problemas que você pode ter como o resultado de ter cobre demais é tão longa e tão variada.
Há diversas razões para você ter cobre demais no seu sangue, desde o tipo de alimentação, a exposição a pesticidas e até os hormônios de crescimento nos animais.
Mas o fator principal que você precisa conhecer é:
O estresse.
Em situação de estresse físico, mental ou emocional, o seu corpo reage para superar essa situação. Nesse caso, pode acontecer o seguinte:
As suas glândulas adrenais liberam aldosterona, adrenalina e cortisol. A aldosterona manda os seus rins segurarem o sódio e o cobre (já que eles fornecem um surto de energia e um estado de alerta mental), e ajudam na eliminação do zinco e do magnésio (já que estes minerais ajudam a acalmar o seu sistema nervoso).
Estas respostas são normais e saudáveis – quando elas são em doses pequenas. Mas quando você está em um estado constante de estresse, esta falta de equilíbrio se torna crônica e começa um ciclo difícil de reverter.
O zinco é necessário para a remoção de metais pesados tóxicos – incluindo o cobre. Quando um sistema muito estressado desequilibra, faz com que seja quase impossível o zinco fazer o seu trabalho, piorando a situação que já está ruim.
Esta falta de zinco também constitui um problema, já que o zinco é necessário para a produção de todas as proteínas do seu corpo. Se você está deficiente em zinco, você estará deficiente em Metallotionina e Ceruloplasmina, proteínas responsáveis por tornar o cobre biodisponível e não tóxico.
Se você não tiver Metallotionina e Ceruloplasmina em quantidades suficientes, as suas células não podem usar o cobre para energia, e ele acaba sendo armazenado no seu fígado, seu cérebro, sua pele, suas articulações e todos os outros tecidos moles, causando todos os problemas mencionados acima.
Por ser um estimulador tão forte do seu sistema nervoso, o cobre em demasia pode agitar os seus nervos, cérebro e tecidos. O zinco de menos somente exacerba o problema, já que ele é necessário para a produção de neurotransmissores no seu cérebro que acalmam você.
Assim, você pode ficar com tendência para mudanças de humor e agitação, dificultando o seu relaxamento.
Naturalmente, isto por si só pode lhe deixar estressado, o que por sua vez continua a aumentar o seu cobre e diminuir o seu zinco.
É um ciclo fatal, mas você pode pará-lo.
O que fazer para com relação ao excesso de cobre
Converse com o seu médico para que ele peça um mineralograma (exame do seu cabelo) para determinar se você tem cobre em excesso armazenado nos seus tecidos moles.
Com isso, ficará claro se você precisa restaurar o equilíbrio de cobre e zinco no seu corpo.
Evite alimentos que contêm níveis altos de cobre, como moluscos e crustáceos, castanhas e sementes, trigo, café, chocolate e folhas verdes.
Lembre-se de que o cobre não é ruim em si, como também não são ruins em si estes alimentos. Então, uma vez que o seu corpo estiver novamente em equilíbrio, você pode acrescentá-los novamente na sua dieta.
Também certifique-se de que você está aumentando o consumo de alimentos com teores altos de zinco, como a carne vermelha, frango, ovos e sementes de abóbora.
Referências bibliográficas:
- Chemical Research in Toxicology December 7, 2009
- Brain, Behavior and Immunity July 31, 2013
- Proceedings of the National Academy of Sciences August 19, 2013
- Neurology August 20, 2013
- The Douglas Report. April 2011, vol. 10 nº12
- National Institutes of Health, Office of Dietary Supplements, Zinc