Até pouco tempo atrás, falar em beber café frio no Brasil soava como algo absurdo. Estamos acostumados à bebida quente por séculos, e é assim que ela sempre fez parte da identidade nacional, principalmente nos estados que mais a produzem.
Mais recentemente, com as grandes cafeterias multinacionais, surgiram inúmeras bebidas feitas com café frio. E assim, esse hábito que era mais comum em outros países se incorporou também por aqui.
E é aí que surge a pergunta… Será que há diferenças entre o café feito com água quente daquele feito com água fria? Essa dúvida surgiu porque muitas companhias afirmam que a bebida fria teria menos acidez.
Para colocar os pingos nos is, alguns pesquisadores foram investigar se era verdade. E eles acabam descobrindo outras novidades para sua saúde.
Café: quente ou frio?
Pesquisadores a Universidade da Filadélfia e da Universidade Thomas Jefferson testaram o café quente e o café feito a frio. A primeira coisa que foi desmistificada é a questão da acidez. Em ambos os casos, o pH da bebida era similar.
Mas é aí que vem o dado interessante. Embora esse nível fosse semelhante, o café quente tinha mais ácidos tituláveis totais, que podem ser os responsáveis por uma maior quantidade de antioxidantes. Portanto, o café quente se saiu melhor quando o assunto é saúde.
Cuidados ao beber
Há muitos estudos sobre os benefícios do café. A cafeína tem propriedades que ajudam você a ter uma boa saúde cardíaca e na prevenção de inúmeras doenças como:
- Câncer
- Doença de Alzheimer
- Parkinson
- Esclerose múltipla
- Depressão
- Diabetes tipo 2
Mas ainda é preciso tomar cuidados. Algumas pessoas são intolerantes à cafeína e tem dificuldades para metabolizá-la. Grávidas também devem evitar, pois influencia diretamente a saúde do feto. Fora esses casos, aproveite seu cafezinho e tenha uma Supersaúde!
–
Referências bibliográficas:
- Scientific Reports volume 8, Article number: 16030 (2018)
- Gastroenterology May 2007, Volume 132, Issue 5, Pages 1740-1745
- JAMA. 2000;283(20):2674-2679.
- BMC Cancer 2011, 11:96
- Am. J. Epidemiol. (2011) 174 (9): 993-1001.
- N Engl J Med 2012; 366:1891-1904
- J Alzheimers Dis. 2012;30(3):559-72.
- WebMD November 20, 2013
- The New York Times May 11, 2015
- Heart March 2, 2015
- Liver International April 2014, Volume 34, Issue 4, pages 495-504
- JNCI J Natl Cancer Inst (2015) 107 (2): dju421
- American Academy of Neurology 67th Annual Meeting Abstract