Cada vez mais vivemos numa bolha estéril

O excesso de higienização em que vivemos atualmente tem certamente um preço muito alto.

A maior parte da nossa história humana, as pessoas conviveram com o mundo natural, aonde:

– cuidavam do campo

– cavavam em busca de raízes e larvas

– limpavam as mãos na grama

– nada era esterilizado

– andavam descalços

– as mulheres amamentavam suas crianças por cerca de 4 anos

Ou seja, conseguiam uma fonte constante de bactérias probióticas provenientes do mundo à sua volta.

 

Revolução agrícola

Conforme a agricultura e a pecuária se tornaram uma realidade, houve mudança nas dietas humanas, mas suas exposições ao ambiente pouco mudaram.

Havia uma constante interação com o solo, animais e suas respectivas bactérias. Há cerca de 10 mil anos, passaram a usar alimentos fermentados como o leite cru, que era transformando em queijo, yogurte ou kefir.

Aonde não se consumiam laticínios, fermentavam plantas como kimchi, missô, natto, chucrute e picles, entre outras.

 

O mundo atual

Agora, tudo é diferente, pois vivemos num mundo esterilizado:

– limpamos tudo com produtos antibacterianos

– o alimento refinado e industrializado é feito de forma à não crescer bactérias

– pasteurizamos nossos laticínios

– usamos cloro e/ou flúor na água

– usamos sapatos e não andamos descalço

– ficamos isolados da natureza, sem contato com a terra e sujeiras, pois na maior parte da nossa vida

– utilizamos antibiótico nas nossas criações e também consumimos de forma indiscriminada

Apesar de ter um lado compreensível dessas atitudes, geramos condições indesejáveis.

Não fomos designados para viver num mundo totalmente higienizado, mas sim em contato com a ampla variedade de bactérias do ambiente.

 

Consequências desse mundo higienizado

Pela redução de diversidade de bactérias probióticas, tem aumentado a incidência de problemas digestivos como diarreia, inchaço abdominal e alergias alimentares.

Cada vez mais fica evidente pelos estudos, de que as nossas bactérias intestinais, induzem a produção de serotonina e Gaba, além de hormônios sexuais como a testosterona.

Saúde intestinal tem conexão com a saúde cerebral e vice versa.

O intestino está ligado a depressão, ansiedade e queda imunológica.

Ou seja, todas as doenças estão ligadas ao intestino, pois é como o pai da medicina Hipócrates, dizia: “Todas as doenças começam no intestino”.

 

Como modular fisiologicamente a saúde intestinal

Sempre o primeiro passo, é pela alimentação portanto, deve-se consumir:

– alimentos fermentados para disponibilizar bactérias probióticas

– alimentos vegetais e animais que forneçam os prebioticos para nutrir essas bactérias

Esses produtos fornecem bactérias boas por dose, em quantidades de CFU impressionantes de bactérias que podem sobreviver a digestão e acidez do estômago, e estabelecer colônias no intestino. São medidas no caso em CFU (unidades formadoras de colônias), como por exemplo:

– 1 mililitro de kefir, pode ter cerca de 10 Bi de CFU

– 1 xícara de yogurte pode ter cerca de 500 Bi de CFU

– 1 colher de sopa de suco de chucrute pode ter cerca de 1,5 Tri de CFU

Porém, dependendo da sua história pessoal de saúde, se não vivem essa bolha higiênica da maioria e a quantidade de alimentos fermentados que consome diariamente, você poderá até nem precisar de suplementação probiótica.

Por outro lado, com o grau de ambiente estéril que vivemos, deve-se associar:

– alimentos fermentados, em primeiro lugar

– suplemento probiótico

– prebióticos, como frutooligossacarídeos e galactooloigossacarídeos, em dosagens baixas, mas suficientes para fornecer alimentos às boas bactérias.

 

Referências bibliográficas:

www.drrondo.com/probioticos-podem-ser-a-resposta-para-sua-doenca-inflamatoria-intestinal/

www.drrondo.com/probioticos-papel-crucial-na-sua-saude/

www.drrondo.com/sua-ecologia-intestinal-interfere-em-todo-o-organismo/

www.drrondo.com/10-beneficios-fantasticos-dos-prebioticos/

www.drrondo.com/ate-as-moscas-tomam-probioticos-e-voce-vai-ficar-parado/

 

 

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