Durante as festas, nossa tendência natural é comer mais, viajar mais, e sair da dieta com mais frequência.
Torna-se um período de excessos.
Nossa saúde nos permite superar essa longa lista de abusos alimentares e de bebidas das festas.
Só para você ter uma ideia, um estudo inglês observou que o país consome 12 milhões de garrafas de vinho a mais por semana, durante o período festivo.
Há muita ressaca, sem falar no sentimento de culpa de que você está saindo da dieta e retrocedendo nos seus objetivos de saúde.
Mas isso não precisa ser assim.
Não é o momento de se sentir culpado e de sacrifícios.
Trata-se de período bem curto, mas bem diferente do que está acontecendo durante todo o ano:
Pesquisadores analisaram dados de 1997 a 2014 no National Health Interview Survey, com 65.303 pessoas de 60 anos ou mais, sendo 31.803 homens e 33.500 mulheres, e observaram uma tendência de alta em relação a quantidade de bebidas consumidas.
Entre homens, a prevalência do consumo corrente de bebida aumentou em média 0,7% ao ano, e o consumo compulsivo de bebidas alcoólicas aumentou em média 1,6% ao ano.
No caso das mulheres, o consumo compulsivo aumentou em média 3,7% ao ano.
Observou-se que os bebedores a nível inseguro representavam na sua maioria homens (60%), aonde a bebida passa a não ser mais saudável, colocando em risco a saúde.
Os indivíduos mais velhos são mais sensíveis aos efeitos do álcool do que os jovens, e também porque possivelmente fazem uso de medicações de tratamento médico, que pode interferir negativamente com o álcool, com perigo de quedas ou confusões, sem dizer o risco hepático e da saúde de modo geral.
Essas descobertas mostram a necessidade de uma melhor educação em saúde pública relacionada ao álcool.
Influência do álcool na obesidade
Como um carboidrato, o seu corpo metaboliza o álcool em açúcar.
Com o álcool aumenta o acetaldeído, que acaba agravando o risco de diversos tipos de câncer.
Além disso, o excesso de álcool induz obesidade e problemas correlacionados, como resistência à insulina e síndrome metabólica.
A quantidade de álcool consumida vai dizer o efeito que pode ou não gerar no corpo.
Normalmente, as mulheres são mais vulneráveis que os homens, por diversas diferenças fisiológicas como:
- dificuldade de diluir o álcool, pois apresentam menor porcentagem de água corpórea. Em média, as mulheres têm 52% de água no seu corpo enquanto os homens têm em média 60%
- menor habilidade do que o homem de metabolizar o álcool, pois tem menos dehidrogenase, uma enzima hepática designada para degradar o álcool no corpo.
- ciclo hormonal: as mulheres, no momento do ciclo hormonal, têm maior possibilidade de se intoxicarem mais rapidamente, especialmente no pré-menstrual.
- o uso de contraceptivos retarda a excreção do álcool do corpo.
Beba com responsabilidade
Diversos estudos têm mostrado os benefícios do consumo de álcool com moderação para o sistema cardiovascular e função cerebral.
O ideal, entendo que deva ser no máximo duas taças dia.
Se você está em boas condições de saúde e ocasionalmente bebe, a melhor escolha é o vinho tinto, por ser rico em resveratrol.
Este antioxidante é solúvel em álcool, portanto para melhor absorvê-lo você deve consumi-lo com base alcoólica, em vez de ser na forma de comprimido.
Mas procure um vinho orgânico, caso contrário, haverá pouco resveratrol.
E não dirija.
Felicidades!
Referências bibliográficas:
- Science Daily. March 24, 2017
- BMJ Open. 2015
- Science Daily. Aug 23, 2015