Para que haja o funcionamento adequado do seu metabolismo, evitando fadiga, é necessário concentrações de minerais que permitam a ativação das suas mitocôndrias, ou seja, as suas usinas geradoras de energia.
A quantidade de mitocôndrias de cada célula é o que determina a sua importância nessa geração de energia e grau de atividade.
Veja agora a quantidade média de mitocôndria por células:
1. maioria das células – 500 mitocôndrias
2. célula hepática – 2.000 mitocôndrias
3. célula renal – 4.000 mitocôndrias
4. célula cardíaca – 10.000 mitocôndrias
5. óvulos maduros (mulher) – 100.000 a 600.000 mitocôndrias.
6. cérebro (substância nigra) – 2 milhões de mitocôndrias por neurônio
Fatores que influenciam a disfunção mitocondrial
– Inflamação
Esta é uma condição que ocorre pela má produção de energia causada pela disfunção mitocondrial.
A presença de cobre na mitocôndria induz produção de peróxido de hidrogênio (H2O2), que é uma fonte de estresse oxidativo.
Na sequência, o peróxido de hidrogênio precisa ser transformado em duas moléculas de água (H2O). Porém, conforme o seu estoque de cobre fica baixo, não haverá produção de água e sim H2O2.
Conforme o peroxido de hidrogênio (H2O2) vai se acumulando, aumenta os danos oxidativos mitocondriais.
Com a falta de produção de água na mitocôndria, não haverá produção de moléculas de energia, como ADP e ATP, comprometendo a dinâmica energética.
– Retinol (vitamina A)
O transporte de elétrons dentro da mitocôndria precisa de retinol para funcionar adequadamente.
Caso esteja em níveis deficientes, haverá comprometimento da produção energética.
Entenda que retinol não é o mesmo que betacaroteno. Não há fontes vegetais desta vitamina, somente fontes animais, sendo esta mais uma razão importante do consumo de proteína animal na sua dieta.
As melhores fontes são manteiga, creme de leite, gema de ovo, fígado e outras vísceras.
Seu corpo pode, através do betacaroteno, produzir uma pequena quantidade de retinol, mas para isso precisa de níveis adequados de cobre nos tecidos.
– Vitamina D
A exposição ao sol estimula a produção de vitamina D, que por consequência transforma o retinol (vitamina A) em sua forma ativa, os retinóides. Estes desempenham diversas funções, como produção de hormônio tireoidiano e produção de melatonina nas mitocôndrias.
Com isso, promovem uma eficiente redução do estresse oxidativo intra mitocondrial.
Efeito do cobre na mitocôndria
O cobre e o ferro precisam ser considerados juntos, pois nos casos de desregulação funcional do ferro, o cobre pode participar diretamente.
Isso significa que em condição de anemia, a deficiência principal pode não ser o ferro, mas sim o cobre, pois este é fundamental para que haja produção de hemoglobina.
Realmente é uma situação que confunde muito a interpretação da fisiologia humana, mas se não houver concentração adequada de cobre, não haverá o metabolismo correto do ferro. Ou seja, esses dois metais apresentam metabolismo associado.
Conclusão
A melhor forma de repor o cobre não é usando suplementos, mas sim melhorando a nossa dieta que é muito carente em cobre. As boas fontes são pólen de abelha, fígado de animal criado a pasto e outras vísceras.
A vitamina C, especialmente das frutas como a acerola, também pode ser útil, pois contém uma enzima chamada tiroxinase que possui 2 átomos de cobre.
Já o ácido ascórbico de suplementos tem ação pró oxidante, enquanto o complexo de vitamina C das frutas e alimentos age como antioxidante, característica adquirida pela presença do cobre.
Além disso, o cobre é um mineral lipossolúvel, portanto, é fundamental que você esteja ingerindo gorduras boas para sua absorção.
Supersaúde!
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