Toda virada é a mesma coisa…
Cada um faz a sua resolução de Ano Novo, prometendo mudar atitudes e buscar objetivos.
Mas será que elas realmente conseguem? Ou colocam metas inatingíveis, acabando frustradas quando não as alcançam?
Possivelmente você já passou por isso e não quer passar de novo.
A boa notícia é que a ciência tem algumas respostas sobre como fazer resoluções que não nos frustram, mas, pelo contrário, causam sensação de bem-estar.
Como sabemos, sentir-se bem também é um fator importante para uma mente e um corpo saudáveis.
Então, veja…
Ajudar o próximo
Segundo pesquisadores comportamentais da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, a melhor forma de evitar a frustação é refletir bastante antes de prometer algo para si mesmo.
Antes de simplesmente dizer que quer emagrecer, mudar de emprego ou melhorar seus relacionamentos, por exemplo, o ideal é refletir sobre como e porque fazer essas mudanças.
Quando a resolução se torna um ato bem pensado, que se internaliza com consciência, torna-se realmente algo bom.
E nem precisa ser feito apenas no Ano Novo. A qualquer momento pode-se pensar em mudar…
Mas o Dr. Richard Ryan, que é psicólogo clínico e professor da Universidade de Rochester, tem outra dica…
Fazer resoluções que envolvem ajudar as outras pessoas.
Mas, por quê?
Veja, isso não é algo que o Dr. Ryan simplesmente inventou… É o que mostra anos de pesquisas na área comportamental.
Ele criou o que chama de “teoria da autodeterminação”, segundo a qual temos as seguintes necessidades psicológicas básicas: autonomia, competência e relacionamento.
Isso significa que nosso bem-estar, segundo o Dr. Ryan, está bastante ligado a se envolver com atividades nas quais vemos valor, nos sentirmos úteis e conectados às pessoas.
“Se você deseja fazer uma resolução de Ano Novo que realmente o deixe feliz, pense em maneiras de contribuir com o mundo. Todas essas três necessidades básicas são atendidas. A pesquisa mostra que não é bom apenas para o mundo, mas também é muito bom para você.”, comenta o Dr. Ryan.
Ter mais esperança
Um estudo feito no Reino Unido tentava entender por que algumas pessoas tendiam a buscar comportamentos de risco, como o excesso de comida ou bebidas ou o uso de drogas.
Para isso, os pesquisadores analisaram a “privação relativa”, aquela sensação de que as outras pessoas estão melhores do que você na vida.
É a famosa história da grama do vizinho parecer sempre mais verde…
Pois bem, eles fizeram um questionário com voluntários para medir suas sensações de privação relativa.
Depois, eles foram expostos a jogos onde tinham que fazer apostas…
A conclusão foi de que mesmo aqueles que tinham alta pontuação de privação relativa se expunham menos aos comportamentos arriscados quanto apresentavam um sentimento especial…
A esperança!
Sim, os questionários mostraram que alguns desses voluntários demonstravam ter bastante esperança de que o futuro ia ser melhor.
Então, mesmo quando estavam achando que sua vida não estava tão boa quanto a dos outros ao seu redor, eles eram menos propensos a atividades prejudiciais por serem esperançosos!
Então, fica mais essa dica…
Sabemos que esse ano teve muitos desafios, então, que tal fazer a resolução de ter mais esperança para este Ano Novo?
Você vai se sentir melhor e ver os reflexos positivos na sua Supersaúde!
Feliz Ano Novo!
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Referências bibliográficas:
- Emma L. Bradshaw, Baljinder K. Sahdra, Joseph Ciarrochi, Philip D. Parker, Tamás Martos, Richard M. Ryan. A configural approach to aspirations: The social breadth of aspiration profiles predicts well-being over and above the intrinsic and extrinsic aspirations that comprise the profiles.. Journal of Personality and Social Psychology, 2020; DOI: 10.1037/pspp0000374.
- University of Rochester. “How to be happier in 2021: Toss out your usual list of New Year’s resolutions and do things that make the world a better place.” ScienceDaily. ScienceDaily, 21 December 2020.
- University of East Anglia. “How hope can make you happier with your lot in life.” ScienceDaily. ScienceDaily, 16 December 2020.
- Ajudar as Pessoas faz Bem para o seu Cérebro! – www.DrRondo.com