É isso. A ciência finalmente se rendeu e cada vez mais busca entender a ecologia intestinal, aquelas bactérias boas que vivem nos nossos intestinos e são responsáveis por combater micro-organismos nocivos. Elas são nossa primeira linha de defesa e uma ajuda inestimável para obter nutrientes dos nossos alimentos.
Até agora, em geral se sabia que nosso primeiro contato com elas era durante o nascimento, em especial no parto normal. É nesse momento em que os bebês entram em contato com as bactérias boas maternas, ganhando essa “herança” já no começo de suas vidas.
O processo continua através a amamentação, que é o melhor alimento para os pequenos, não tendo substituto à altura. Por esses dois motivos, é importante que gestantes e lactantes mantenham uma boa ecologia intestinal, cultivando e “cuidando” dessas bactérias que serão passadas para as crianças. Mas, agora, há mais um motivo para isso…
Ecologia intestinal fetal: bactérias boas desde sempre!
Esse assunto ainda era um tema de discussão na ciência, mas uma pesquisa recente parece ter encontrado respostas importantes para esclarecer o assunto. Pesquisadores do Ann & Robert H. Lurie Children’s Hospital, em Chicago, nos Estados Unidos, afirmam ter confirmado a existência de ecologia intestinal nos fetos.
O achado foi feito a partir de técnicas de microscopia e cultura para validação de dados genéticos. O estudo, que avaliou tanto humanos quanto animais, confirmou também que essas bactérias boas dos intestinos dos bebês são, evidentemente, repassadas pelas mães. A novidade é que isso ocorre já na gestação, ao contrário do que se pensava antes.
A prevenção e o futuro da medicina
A descoberta vai de encontro ao que esperamos da medicina no futuro: tratamentos naturais preventivos, que reforçam a saúde e evitam as doenças. Segundo os pesquisadores, a pesquisa abre portas até mesmo para quando se espera um nascimento prematuro: fortalecer a ecologia intestinal das mães é uma forma de prevenir futuras complicações para a criança.
Segundo o Dr. Patrick Seed, chefe de pesquisa do hospital: “Agora, podemos buscar formas de impulsionar o desenvolvimento do sistema imunológico e do metabolismo fetal, estimulando o microbioma da mãe. Nossas descobertas apontam para muitas oportunidades promissoras de intervenção muito anterior para prevenir futuras doenças”.
Observe bem, o futuro é este: não a criação de novos remédios para doenças, mas evitar que elas comecem de forma natural, o quanto antes. Até mesmo antes de nascer! Não é incrível? E isso certamente passa por fortalecer a ecologia intestinal.
Então, aqui vai uma notícia ainda melhor: você pode começar agora, consumindo alimentos ricos em bactérias boas ou suplementos probióticos. Saiba mais sobre o assunto clicando aqui, cuide desses seus amigos microscópicos e tenha uma Supersaúde!
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Referências bibliográficas: