Quando o assunto é a saúde cognitiva dos idosos, tenho certeza que você já ouviu muita coisa por aí. E uma delas é verdade: eles garantem benefícios para o cérebro e evitam o declínio cognitivo quando aprendem uma atividade nova.
Mas segundo uma pesquisa recente, há uma forma de dar um verdadeiro upgrade nesse aprendizado, gerando também melhores resultados para a mente.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia – Riverside analisaram pessoas com idades entre 58 e 86 anos. Para os testes, eles pediram que fizessem várias aulas que os ensinassem algo novo.
As classes variavam: falar uma nova língua, aprender a lidar com novas tecnologias, aulas de desenho / pintura e teatro. Os participantes fizeram de 3 a 5 diferentes tipos de aula e responderam a testes de memória e cognição antes, durante e depois.
Após 1 mês e meio, concluiu-se algo incrível. As habilidades cognitivas dos idosos que participaram da pesquisa ficaram semelhantes às de pessoas de meia idade, 30 anos mais novas!
Segundo a Dra. Rachel Wu, uma das autoras da pesquisa, o estudo mostra que os idosos podem sim aprender novas e diversas atividades. E se as fizerem ao mesmo tempo, melhor ainda:
“A mensagem para levar para casa é que os adultos mais velhos podem aprender várias habilidades novas ao mesmo tempo, e isso pode melhorar seu funcionamento cognitivo.
Os estudos fornecem evidências de que experiências intensas de aprendizado, semelhantes àquelas enfrentadas por populações mais jovens, são possíveis em populações mais velhas e podem facilitar ganhos em habilidades cognitivas”.
Ela ressalta ainda a importância de se manter sempre motivado e buscando por novos desafios. É isso o que vai fazer o seu cérebro mais jovem, saudável, e manter sua independência quando a idade chegar.
A importância nutricional para os idosos
É importante lembrar, também, que muitas vezes há problemas nutricionais que influenciam na saúde cognitiva dos idosos. Com a progressão da idade, por exemplo, seu corpo diminui a capacidade de absorver a vitamina B12, tão importante para a saúde do cérebro.
Deve-se estar atento também a:
Magnésio: um dos minerais mais negligenciados. Estudos apontam que grande parte da população tem níveis baixos. Portanto, fique atento.
Vitaminas D e K: você já sabe que o cálcio é importantíssimo para os idosos, mas para chegar onde é necessário, ele precisa de doses extras das vitaminas D e K. Para se ter uma ideia, metade das pessoas hospitalizadas por fraturas de quadril são deficientes em vitamina D.
Então, é preciso ter em mente os diversos fatores: além do aprendizado de novas atividades que podem turbinar a saúde cognitiva dos idosos, suplementar com vitaminas é muito importante. Converse com seu médico sobre isso. Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Livro Prevenção: A medicina do século XXI. Editora Gaia
- A sua saúde passa pelo seu intestino. Dr. Serge Jurassunas. Editora Natipress. 2004
- The importance of good nutrition. Getty T. Ambau. Falcon Press. 2005
- The Journals of Gerontology: Series B, gbz084, https://doi.org/10.1093/geronb/gbz084
- www.drrondo.com/magnesio-deficiencia/
- www.drrondo.com/atencao-nivel-vitamina-d/
- www.drrondo.com/se-voce-esta-tomando-vitamina-d-tenha-a-certeza-de-que-tambem-esta-ingerindo-vitamina-k2/
- www.drrondo.com/qual-a-hora-certa-de-tomar-suplementos-nutricionais/