Homeopatas, fitoterapeutas, especialistas em ramos milenares da Medicina – como a tradicional chinesa e a ayurvédica –, além de adeptos de primeira hora das teorias ortomoleculares e pesquisadores de grandes universidades brasileiras e internacionais, reuniram-se por dois dias no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
O motivo foi a realização do X Simpósio Internacional de Medicina Ortomolecular, nos dias 17 e 18 de outubro. Seus temas principais foram o estresse oxidativo e o uso de antioxidantes pelas chamadas medicinas complementares. O primeiro mérito do evento foi reafirmar que as teorias da medicina ortomolecular, sobre a importância dos antioxidantes e o risco dos radicais livres para o organismo, mantêm-se atuais.
Vários dos trabalhos relatados mostraram que, tanto na prática diária de consultório quanto nos estudos acadêmicos, os especialistas só têm comprovado os benefícios dos suplementos de vitaminas e outros antioxidantes na prevenção e reversão de inúmeras doenças.
Aplicações polivalentes
Durante o encontro, Wilson Rondó Jr. teve participação em dois momentos marcantes: na mediação do painel Antioxidantes nas Doenças Mentais, que deu particular destaque ao mal de Alzheimer, um dos tipos de demência mais preocupantes da atualidade, e quando expôs as bases do tema Antioxidantes e Rejuvenescimento, debatido em mesa-redonda.
Sua exposição centrou-se nas alternativas para reverter o envelhecimento da pele, especialmente do rosto, que tende a apresentar sinais de desgaste mais rapidamente, em função de uma maior exposição a agentes agressivos que aceleram a formação e a ação dos radicais livres.
Os radicais livres são uma espécie de subproduto de nossa respiração e metabolismo. Cientificamente, consistem em moléculas de oxigênio que perderam um elétron e começam a “roubar” o elétron que lhes falta das moléculas íntegras que compõem as células do corpo.
Se o processo não for detido, o resultado é um círculo vicioso, que resulta na multiplicação de moléculas defeituosas.
Nova consciência
Para reverter esse processo – que, embora seja mais visível na pele, prejudica todo o organismo –, a alternativa é o uso sistemático de substâncias antioxidantes e de certos aminoácidos, de preferência desde a juventude. A promessa de benefícios vai muito além de uma pele sem rugas e saudável aos 40, 50 ou 60 anos, pois o uso de antioxidantes promove melhorias gerais na saúde. Afinal, pouco a pouco, está aumentando a consciência de que envelhecer bem já não é sinônimo apenas de uma pele lisinha. Significa, sim, manter-se com vitalidade, saúde e muita energia. Claro que aumentar a auto-estima sempre ajuda. Por isso, é preciso estar atento aos avanços científicos.
Uma boa novidade no tratamento anti-rugas, por exemplo, é um novo tipo de implante chamado Radiance. Trata-se de pequenas esferas que, implantadas nas regiões com rugas, promovem um preenchimento local. Seus efeitos duram cinco anos, mas as aplicações requerem um médico com experiência na técnica, para evitar distorções estéticas.