Recentemente em uma grande revista nacional, estampou em sua matéria de capa o tema A Dieta do DNA, que é a tendência mais precisa em termos de emagrecimento.
Foi divertido ver que o tema sobre o qual trato desde 2007, passa agora a ser reconhecido nacionalmente. Sempre acreditei no valor da nutrição para manter a forma e a saúde, mas intrigava-me o fato de um programa nutricional funcionar muito bem para certas pessoas e produzir pouco ou nenhum benefício para outras.
Há pouco mais de 10 anos, pela minha curiosidade, pesquisando, na esperança de encontrar respostas que procurava há muito tempo, especialmente no que diz respeito a dietas de emagrecimento, descobri uma abordagem nutricional que parecia dar conta do recado.
Era muito simples e lógica: não há dois indivíduos iguais no plano bioquímico ou fisiológico. Portanto, o esquema nutricional que funciona deve ser montado de acordo com as necessidades específicas de cada paciente. É a nutrigenômica em ação, que destaca o papel dos genes na forma única, pessoal e inédita de como o metabolismo de cada pessoa funciona.
Baseado nos trabalhos científicos e médicos desenvolvidos desde a década de 80. O conceito de “individualidade bioquímica” está por trás da dieta do tipo metabólico, na minha opinião a mais eficiente forma de ganhar saúde, energia e peso ideal.
Escrevi o livro Emagreça e Apareça, lançado em 2007 que segue as diretrizes dessa nova abordagem que, na minha prática de consultório, tem mostrado excepcionais resultados.
Nele abordo os tipos metabólicos existentes e a forma de se descobrir isso de modo simples e como se alimentar corretamente.
A diferença entre o meu método e aquele apresentado na matéria é o nome, apenas e tão somente.
Os tipos metabólicos
Cada tipo metabólico pede dieta específica. Quando publiquei o livro, criei um questionário para que o próprio leitor pudesse identificar a que tipo metabólico pertence. Com o resultado, o leitor poderia dar o primeiro passo no caminho da boa nutrição e de todas as vantagens que ela traz.
Isso porque, o diagnóstico do tipo metabólico baseia-se nas necessidades que você apresenta no momento da realização do teste. Essas necessidades podem mudar por diversas razões, como estresse, doenças, carência ou excesso de algum nutriente. Portanto, o diagnóstico não é válido para toda a vida. Daí a importância de ir ajustando a dieta conforme necessário. De tempos em tempos, ou quando sentir que é preciso, você deve fazer uma revisão do teste, para identificar a que tipo metabólico pertence naquele momento.
Conhecendo seu tipo metabólico, você poderá determinar os alimentos compatíveis com sua bioquímica, os que lhe darão mais saúde e energia. Isso implica em combinar os macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) nas proporções corretas para você.
Tipo Proteína
Pessoas com metabolismo tipo Proteína apresentam essas características:
- Metabolizam carboidratos rapidamente e dependem da quebra do açúcar para gerar energia (oxidante rápido)
- Possuem o ramo parassimpático do sistema nervoso autônomo mais forte e dominante que o ramo simpático
Esses indivíduos requerem alto consumo de proteínas para fortalecer o sistema simpático. Elas ajudam a acidificar seu metabolismo, que é muito alcalino. Também precisam de mais proteína – especialmente as ricas em purina (substâncias derivadas de uma classe de proteínas chamadas nucleoproteínas, que desempenham uma parte importante nos processos de produção de energia nos tecidos) – para desacelerar a rápida velocidade da oxidação celular, alcalinizando o seu metabolismo muito ácido.
Tipo Carboidrato
Esse tipo metabólico é o oposto do tipo Proteína. Precisa de altas concentrações de carboidratos na alimentação para fortalecer o ramo parassimpático do seu sistema nervoso, mais fraco que o ramo simpático, e alcalinizar seu metabolismo, que é muito ácido. Ou precisa de mais carboidratos para acelerar a lenta velocidade de oxidação celular, acidificando seu metabolismo, que é muito alcalino.
Tipo Misto
É uma combinação dos anteriores. Pede uma mistura de nutrientes bem equilibrada para suportar ambos os sistemas – o simpático e o parassimpático. Por sua natureza, a velocidade de oxidação celular não é rápida ou lenta demais e a alimentação deve ser bem programada para mantê-la em equilíbrio.
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Referência bibliográfica:
- Livro Emagreça e Apareça. Editora Gaia.