Estamos vivendo um impressionante aumento de incidência de doenças crônicas e precisamos entender como tratá-las.
Os princípios convencionais de abordagem terapêutica, com um remédio para um sintoma, não vêm funcionando.
Simplesmente agindo assim, acabamos por gerar uma cascata de sintomas decorrentes dos medicamentos iniciais, havendo necessidade de novos remédios a serem associados para atacar os efeitos colaterais das primeiras drogas.
Assim as pessoas acabam vivendo sem vibração, sem qualidade de vida, e só prolongando a sua existência.
É preciso entender que isso está gerando a maior crise de saúde de todos os tempos, pois não se tratam a origem dos problemas, somente as consequências.
O resultado é o que chamamos de Síndrome Zero, aonde bilhões de pessoas em todo o mundo, independente da idade e sexo, já estão fazendo parte de estatísticas de incidência de doenças como obesidade, diabetes, doença cardíaca, hipertensão, síndrome metabólica, artrite, Alzheimer e câncer.
Na minha clínica quando atendo os pacientes e mostro através dos exames que já estão evoluindo para uma destas condições, a maioria relata que pais ou avós já tem uma dessas doenças ou tiveram enquanto vivos.
Esse comentário parece um mantra, como se fosse aceitação de uma sentença de morte, mas a boa notícia é que nestes pacientes essa situação pode ser reversível.
Causas geradoras da Síndrome Zero:
- Insulina
O principal combustível da Síndrome Zero é a excessiva produção desse hormônio, causada pela enorme quantidade de carboidrato consumido pelas pessoas, algo que não ocorria há pelo menos 70 anos atrás.
A insulina é essencial para a sua saúde, mas toda vez que você consome carboidratos, a insulina é liberada, transformando a glicose em energia, para que seja utilizada pelas suas células. Ela garante o combustível do seu corpo!
Assim, a insulina regula a quantidade de açúcar no seu sangue – a famosa glicemia. O problema é quando você se alimenta de forma errada… Ao consumir muito carboidrato, grãos (mesmo os integrais) e doces, sua glicemia sobe, obrigando o seu pâncreas a liberar mais e mais insulina.
Essa produção em excesso, com o tempo, faz com que você fique resistente ao hormônio, precisando cada vez de mais. Inicialmente induz à obesidade, e quando o pâncreas não consegue atender a toda essa demanda, é o que chamamos diabetes.
Paralelo a isso, vai induzindo as outras doenças degenerativas do mundo moderno.
- Óleos de sementes ricos em ômega 6 (LA)
É outro componente que turbina essa produção de insulina, pois são riquíssimos em ácido linoleico ômega 6 (LA) que em pequena quantidade como a 100 anos atrás, trazia certos benefícios. Porém, atualmente são consumidos em quantidade excessiva, agindo como um veneno metabólico.
Consequências do consumo excessivo de LA:
1. disfunção mitocondrial e sua capacidade de produzir energia celular.
2. aumento de oxidação, gerando componentes desfavoráveis como:
- produtos finais de oxidação lipídica avançada (ALES), mutagênicos conhecidos por causar danos ao DNA.
- metabólitos oxidados do LA (OXLAMs), com efeitos citotóxicos, genotóxicos, mutagênicos, carcinogênicos, trombogênicos, aterogênicos e obesogênicos.
3. danos significativos a nível celular, causadores de muitas doenças metabólicas crônicas e degenerativas.
4. efeito altamente pró-inflamatório que estimula a oxidação no corpo.
5. maior propensão de queimaduras solares e câncer de pele, pois o LA é incorporado às membranas celulares.
- Agressores ambientais
Estamos vivendo uma época na qual recebemos agressores ambientais de todos os lados. Eles são difíceis de se evitar e têm influenciado expressivamente o aumento de obesidade, diabetes, doenças cardíacas, Alzheimer, câncer, danos ao fígado e rins, asma, pneumonia e bronquite.
Além disso, geram dificuldades neurológicas e de aprendizado, disfunção reprodutiva masculina e feminina, e até defeitos congênitos.
Trata-se dos obesogênios xenobióticos, produtos químicos em sua maioria criados pelo homem e completamente novos para este planeta. O problema é que agora eles estão espalhados em nosso ambiente.
Como não fomos designados para metabolizá-los, nosso corpo não tem como lidar com eles. Estão presentes na água, no ar, nos alimentos e causam distúrbios endócrinos, promovendo o crescimento das células adiposas com consequente acúmulo de gordura.
Por estarem presentes no ar na forma de poluentes ambientais, como metais pesados, são absorvidos na forma de micropartículas de fácil acúmulo no sistema respiratório e gástrico, antes de se alojarem em outras partes do corpo.
São também encontrados escondidos em embalagens de comida, especialmente nos alimentos não orgânicos, panelas antiaderentes, detergentes, cosméticos, loções, produtos com fragrâncias, sabonetes antibacterianos, medicamentos, brinquedos, tecidos, tapetes, móveis, colchões, materiais de construção tratados com antichamas, pesticidas e muito mais.
E, agora, um novo estudo sugere que respirar esse ar poluído aumenta o risco de diabetes por mais um fator:
Disbiose intestinal por alteração da microbiota, que induz o aparecimento dessa doença.
Isso causa danos nos receptores de insulina nas células e consequentemente resistência à insulina.
Conforme essa condição se torna mais severa, o pâncreas não consegue liberar insulina suficiente para compensar, instalando-se o diabetes tipo 2.
Isso ficou bem claro em uma pesquisa realizada na Universidade do Colorado, onde testaram 101 adultos que vivem numa região da Califórnia altamente poluída.
Observou-se que mediante essa exposição a níveis mais altos de material particulado, eles apresentavam menos diversidade microbiana em geral e muito mais disbiose intestinal, associados à obesidade e diabetes.
- Estresse e desnutrição
É a combinação perfeita para a desaceleração do metabolismo. Quanto mais estamos sob estresse, mais o nosso corpo tende a aumentar o ritmo do nosso metabolismo.
Ou seja, se você tem um teste importante ou um prazo muito curto para terminar determinado trabalho, seu corpo responde ativando o seu metabolismo.
Conforme o metabolismo aumenta, os processos celulares são ativados. A demanda por energia como combustível dessas atividades está aumentada.
A necessidade por vitaminas e minerais está alta porque as enzimas que promovem certas atividades corpóreas dependem desses nutrientes.
Portanto, vitaminas e minerais estão sendo utilizados de forma acelerada. Se há muito nutriente de depósito e o estresse acaba em pouco tempo, o metabolismo corpóreo dá conta do recado.
Porém, se o estresse se torna crônico ou severo e o corpo está mal abastecido, como acontece com a maioria das pessoas que se alimentam de refinados ou junk food, o corpo sente como uma situação similar ao jejum e entra em metabolismo lento.
Isso é uma medida de autopreservação para conservar a energia e os nutrientes que são vitais para a manutenção da vida. Então, se a quantidade de nutrientes não é fornecida para reabastecer o corpo, o metabolismo se mantém lento.
Episódios repetidos de estresse pioram ainda mais a situação tornando-se cada vez mais difícil a recuperação.
Todo e qualquer tipo de estresse pode levar a essa situação; seja estresse físico severo ou crônico, mental ou emocional, como gravidez ou nascimento de filho, divórcio, perda de pessoa amada, demanda de trabalho, problemas familiares, cirurgia, acidente, doença ou falta de sono.
Desnutrição ou desnutrição subclínica é muito comum atualmente.
Esses são fatores aos quais todos estamos expostos, então cuide-se e busque sempre uma Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Insulina: o Segredo da Boa Saúde e Emagrecimento – www.DrRondo.com
- A Diabetes Está no Ar? – www.DrRondo.com
- Nem toda Doença de Alzheimer é pela Mesma Causa – www.DrRondo.com
- Desnutrição High Tech – www.DrRondo.com
- Você Conhece os Fatores que Alteram o Ritmo do seu Metabolismo? Confira! – www.DrRondo.com
- Dr. Wilson Rondó Jr. – Livro Diabetes Zero