Você já havia ouvido falar em burnout anos atrás?
Com certeza não, mas cada vez tem se tornado mais frequente.
O desgaste devido ao estresse diário excessivo, tanto no trabalho como possivelmente no relacionamento conjugal ou com os amigos, associados a uma inadequada atividade física e poucas horas de sono para se manter num padrão econômico, tem se tornando um problema cada vez mais evidente.
Manter o equilíbrio entre esses fatores tem se tornado cada vez mais difícil, mas certamente tem que ser o objetivo de cada um.
Será que você já está tendo os sintomas de burnout?
Há diversas manifestações de doença que estão relacionadas com o estresse, que acabam levando as pessoas a procurarem um Pronto Socorro ou um médico, que muitas vezes os (as) investigam e não encontra nada alterado. Eles acabam sendo medicados com antidepressivos que podem ter efeito positivo em situação aguda.
Porém, cronicamente, como você bem sabe, essas medicações podem lhe trazer efeitos colaterais indesejáveis, não sendo nessa situação a melhor forma de trazer de volta o equilíbrio dos seus neurotransmissores, como a sua dopamina, serotonina e acetilcolina.
Antes de chegar nesta crise de agudização do burnout (sensação de colapso interno) há situações insidiosas de evolução para doenças que você pode estar convivendo, ou com patologias correlacionadas com estresse como:
- Exaustão física
- Perda da concentração
- Problemas de memória
- Exaustão emocional
- Irritabilidade, raiva frequente e pessimismo,
- Isolamento social, apatia e perda da esperança,
- Insônia
- Perda do apetite
- Tremores e palpitações
- Redução de produtividade
- Depressão
- Problemas digestivos
- Distúrbios autoimunes
- Doença cardíaca
- Problemas de pele, cabelo
- Comprometimento da parte sexual
- Suicídio
Para lidar com essa situação de ter passado dos seus limites, muitos se apoiam no álcool ou até drogas de recreação como o suporte de apoio para evitar o inevitável.
Como evitar o burnout
Prevenir o burnout é muito mais fácil do que se recuperar dele, pois em muitas situações leva-se mais de 6 meses para voltar ao normal.
Há 8 estratégias que devem ser enfatizadas:
1) Reequilíbrio nutricional
Muitas vezes nos alimentamos às pressas, entre um compromisso e outro, ou durante reuniões de trabalho, quando normalmente não se mastiga adequadamente o alimento. Além disso, esses alimentos são ricos em carboidratos refinados, açúcar, frutose e óleos vegetais hidrogenados ou parcialmente hidrogenados, poli-insaturados e pobres em fibras, proteínas e gordura saturada de qualidade. Esse cenário acaba desencadeando uma situação que não lhe dá o combustível necessário para reagir aos desafios.
2) Atividade física
O exercício estimula a produção de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e acetilcolina, que são fundamentais na recuperação da parte mental. Além disso, ele age melhorando toda parte circulatória. O treino supra aeróbico que não requer muito do seu tempo pode ser um grande aliado seu.
3) Desintoxicação
A presença e exposição a metais pesados, pesticidas, antibióticos nas carnes de animais confinados, transgênicos, produtos tóxicos dos ambientes, como formaldeído e campos eletromagnéticos, além de conservantes preservativos, comprometem a bioquímica metabólica. São necessários programas específicos de desintoxicação para otimizar ao máximo o sistema natural de desintoxicação orgânico.
4) Sono reparador
Dormir bem em seus anos de meia idade é um “investimento” que paga dividendos mais tarde. A falta de sono pode encolher seu cérebro, trazendo efeitos adversos a longo prazo.
Estudo publicado na revista Neurobiology of Aging sugere que as pessoas com problemas crônicos do sono podem desenvolver a doença de Alzheimer mais cedo do que aqueles que dormem bem.
Adicionar apenas uma hora de sono por noite pode aumentar a sua saúde de forma bastante drástica.
A privação do sono pode diminuir o recall de memória, aumentar a dificuldade em processar informações e diminuir as habilidades de tomada de decisão. Aumenta também o risco de inflamação, queda imunológica, diabetes, risco de câncer e estresse.
5) Tempo com a família e mais contato social
Isso garante uma maior autoestima, comportamento confiante e satisfação de vida, tornando-o (a) mais resiliência ao estresse.
6) Praticar um hobby
É fundamental ter atividades prazerosas que se traduzem em mais bem estar, desligamento da sua rotina, fatores que aumentam a sua imunidade e saúde e o tornam mais protegidos do estresse
7) Prática espiritual
Praticar “atenção plena” com a espiritualidade significa que você está prestando atenção direta a esse momento. Essa atenção plena pode ajudá-lo a reduzir o estresse para o aumento do bem-estar e fé.
8) Reequilíbrio da ecologia intestinal
O seu trato gastrointestinal é um ecossistema microbiano extremamente complexo. Além de afetar sua digestão, sua influência se estende muito além, para seu cérebro, coração, pele, sistema imunológico, peso, e beneficia seu humor e saúde mental. Com isso, o torna mais capaz de lidar com o estresse.
Fique atento aos sinais de burnout. Como sempre digo, a prevenção é a melhor medicina!
Referências bibliográficas:
- CBS News. February 5, 2015
- Psychology Today. April 17, 2011
- Institute of Science for Society. February 26, 2014
- Neurobiology of Aging. February 18, 2014
- The Lancet. March 25, 2014
- Scientific American November 25, 2013
- Biological Psychiatry June 11, 2013