O alho tem sido estudado há anos pela sua alta capacidade de cura, especialmente contra infecções como gripe e resfriado. Ele tem ação antibacteriana, antiviral e antifúngica. Mas suas ações terapêuticas vão muito além disso!
Há mais de 150 efeitos benéficos de saúde induzidos pelo alho. O consumo regular de alho:
- reduz risco de doença cardíaca, como infarto e derrame;
- normaliza o colesterol e hipertensão arterial;
- é efetivo contra bactérias resistentes a medicações;
- protege contra câncer, em especial de pulmão, próstata e cérebro.
Seu princípio ativo principal é o alicin, um composto que contém enxofre e lhe dá o cheiro característico, além de oligossacarídeos, flavanoides e proteínas ricas em arginina.
Ao esmagar o alho, ativa-se o alicin, cujo efeito terapêutico perdura por no máximo 1 hora. Portanto, para ativar suas propriedades medicinais, você precisa espremer um novo dente com uma colher antes de engolir ou colocar no seu suco verde.
Para não deixar o odor desconfortável, use uma quantidade pequena. Lembre-se disso!
A Cochrane Database, uma organização de pesquisas respeitada, que não aceita a vacinação contra a gripe como primeira linha de defesa, tem revisado muitos estudos científicos de suporte. Segundo eles, o alho é uma das opções para ser usada como essa primeira defesa contra a doença.
Apesar de não ser bem divulgado, o alho apresenta melhores resultados na prevenção da gripe que o Tamiflu. Veja só: se consumido 48h antes do aparecimento da doença, o Tamiflu reduz a duração dos sintomas da gripe em cerca de um a um dia e meio.
E isso é exatamente o que faz o uso regular do alho! Por outro lado, diversos pacientes usando Tamiflu estão sob um risco aumentado de infecção secundária bacteriana – o que não ocorre quando se consome o alho. Além disso, o Tamiflu tem efeitos colaterais que incluem mortes em crianças, sérias alterações de pele, além de alterações neuropsiquiátricas, podendo levar até ao suicídio.
Prevenção de gripe e resfriado: vitamina D
A vitamina D é um potente agente antimicrobiano que gera de 200 a 300 peptídeos antimicrobianos, protegendo contra gripes, resfriados e outras infecções respiratórias.
Segundo estudo feito com 19.000 americanos – aliás, a maior pesquisa desse tipo – observou-se que indivíduos com baixo nível de vitamina D tinham mais resfriados e gripes, além de problemas respiratórios crônicos, como Asma. Em 5 estudos recentes observa-se claramente uma inversa correlação entre infecções de trato respiratório e níveis de vitamina D.
Claro que a melhor fonte de vitamina D é o sol, mas se você não toma sol como deveria, pense numa suplementação de vitamina D3, mas lembre-se:
use a vitamina D3 e não a D2 se você realmente quer resultados. Cheque regularmente seus níveis de vitamina D3, para mantê-la em níveis terapêuticos apropriados, entre 60 e 80 ng/dl.
Se você está tomando vitamina D, lembre-se SEMPRE de usar também a vitamina K2, cálcio e magnésio, para que não induza a toxicidade de vitamina D. Isso pode causar calcificação inapropriada, como endurecimento de artérias, cataratas e cálculos.
A razão disso é que, quando você consome vitamina D, o seu corpo cria proteínas mais dependentes de vitamina K2, que transportam o cálcio para áreas apropriadas. Sem vitamina K2, essas proteínas se mantêm inativas, e seus benefícios também se mantêm inativos.
Outros fatores que estimulam o seu sistema imunológico
- Evite açúcar, frutose e grãos, pois estes sobrecarregam o seu sistema imunológico, obviamente por desequilibrarem a sua flora intestinal. Eles agem como estimulantes de desenvolvimento de bactérias patogênicas e fungos. Lembre-se: cerca de 80% do seu sistema imunológico está no seu intestino, portanto, limite o seu consumo de açúcar, frutose e grãos para evitar esse problema.
- Durma bem. Pouco sono permite o crescimento de bactérias patogênicas.
- Pratique exercícios. Essa é a uma estratégia crucial para aumentar a sua resistência às doenças. Segundo estudo, quem se exercita regularmente reduz em 50% o risco de contrair resfriado ou gripe. E se acaba contraindo essas doenças, seus sintomas são bem mais brandos.
Suplementos que podem ajudar:
- Vitamina C: um potente antioxidante. No caso de iniciarem os sintomas, use 1g de hora em hora até o nível que possa levar a diarreia. Mas, lembre-se, o uso regular aumenta muito a sua defesa.
- Zinco: se usado no próprio dia do início dos sintomas, pode reduzir a duração deles em até 1 dia. Use 50 mg/dia, mas converse com o seu médico a respeito para não descompensar seus níveis de cobre.
- Própolis: resina de abelha, que tem propriedade antimicrobiana, além de conter 2 compostos imunoestimulantes: ácido cafeico e apigenina.
- Chá de gengibre: beba-o quente, que frequentemente combate a gripe ou resfriado, causando sudorese e Echinacea: fitoterápico que reduz o risco de pegar gripe e resfriado em mais de 58%, combate infecções e resfriados.
- Peróxido de hidrogênio a 3% (H2O2– a famosa água oxigenada): reduz os sintomas da gripe em 12 a 24h. Deite de lado e coloque algumas gotas no ouvido que fica para cima, espere até borbulhar, entre 5 e 10 minutos, então drene com uma toalha e repita a operação no outro ouvido.(Lembrando que esse tratamento não é aconselhável caso você tenha labirintite! Veja mais nesse post onde explico em detalhes como usar a água oxigenada para reduzir os sintomas da gripe).
E quando procurar o médico?
Eventualmente, você pode estar apresentando uma infecção bacteriana em vez de resfriado, e você deve procurar um médico caso tenha:
- febre acima de 38,5º C;
- dor no ouvido;
- dor na área dos olhos, com secreção esverdeada;
- respiração curta e tosse descontrolada e persistente com catarro verde ou amarelado.
AVISO: Não é recomendado o uso do peróxido de hidrogênio em casos de dores de ouvido, secreção purulenta ou perfuração do tímpano. Nessas situações é necessário uma avaliação do seu médico.
Referências bibliográficas:
- JAMA Internal Medicine February 3, 2009; 169(4): 384-390
- Medicinal and Aromatic Plant Science and Biotech. August 2, 2009
- Journal of Food Science August 2010
- British Journal of Sports Medicine 2011 Sep;45(12):987-92
- Epidemiology and Infection 2006 Dec;134(6):1129-40
- Am J ClinNutr. 2000 Oct;72(4):1047-52.
- Virology Journal 2008, 5:29
- Am J ClinNutr May 2010; 91(5): 1255-1260